egito farao

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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Descobertas Assombrosas nas Ruínas das Cidades Perdidas: O Livro da Esperança

Jerusalém é uma das cidades mais fascinantes no mundo. É o centro de três grandes religiões mundiais – judaísmo, islamismo e cristianismo.
jerusalem-1O Muro Ocidental é o relicário mais sagrado no mundo judaico. É a porção do muro que Herodes construiu ao redor do segundo templo, em 20 a.C. A mesquita Domo da Rocha foi construída
no Monte Moriá, onde anteriormente estava o complexo do templo judaico. Foi construída no final do século VII.
Foram necessários todos os impostos do califa da província do Egito, por sete anos, para financiar essa magnífica construção. Jerusalém foi também o centro das atividades de Jesus. Foi nessa cidade que Ele ensinou, operou milagres, foi tentado e crucificado. Aqui Ele ressuscitou mortos.
Jerusalém, a cidade da paz, tornou-se cidade de conflitos. Ao longo dos milênios, foi atacada pelos babilônios, pelos assírios, pelos egípcios, pelos romanos, pelos turcos e por uma multidão de outros. Muitas pessoas acreditam que o maior e último conflito da terra – o Armagedon – irromperá em Jerusalém. Elas estão convencidas de que o conflito entre árabes e israelitas explodirá em uma III Guerra Mundial.
O que o futuro nos reserva? Onde podemos encontrar respostas confiáveis? Como podemos enfrentar o futuro com mais confiança?
As profecias bíblicas cumpridas confirmam a veracidade da Palavra de Deus e nos dão confiança de que o futuro está em Suas mãos.
Em Isaías 46:9, 10 Deus declara-Se ser o Único que pode predizer o fim desde o começo e revelar desde os tempos antigos aquilo que ainda não aconteceu.
Uma das características ímpares de Deus é Sua capacidade de predizer o futuro.
Estas são algumas das predições surpreendentes, que juntamente com algumas descobertas arqueológicas, confirmam a fidedignidade da Palavra de Deus.

Predições/Descobertas/ Fatos Referentes ao Egito

Com suas fascinantes pirâmides, tesouros fantásticos, monumentos admiráveis, templos
antigos e cidades suntuosas, o Egito foi um dos impérios mais surpreendentes de toda a história mundial. Por exemplo, a Grande Pirâmide de Quéops, em Gizé, tem 146,60 m de altura e ocupa
uma área de 13 acres. As Pirâmides de Gizé requereram mais de 2.5 milhões de blocos de pedra. Por 500 anos, a magnificente cidade de Mênfis foi a capital do Egito. Hoje, Mênfis não mais o é. Ela foi destruída. Os templos do Egito foram saqueados e a riqueza do império desapareceu.
A Pedra de Roseta, descoberta pelos exércitos de Napoleão, em 1799, ajudou a desvendar os segredos dos hieróglifos e revelou as grandes batalhas entre Ramsés II, rei do Egito e Hatusilli, rei dos Hititas, exatamente como descrito na Bíblia.

Predições Descobertas/ Fatos Referentes a Tiro

Tiro era uma cidade litorânea, no sul do Líbano. Ela cresceu em importância até ser a “Soberana dos Mares” e um centro comercial do mundo. Era uma cidade próspera que se estendia por 32 quilômetros ao longo da costa. Os navios de todo o Mediterrâneo ancoravam em seu porto e os mercadores faziam seus negócios em suas ruas. As predições de Ezequiel foram cumpridas com exatidão (ver Ezequiel 26:4, 5; 28:19 e 26:12-14).
1 Nabucodonosor atacou a cidade.
2 Outras nações vieram contra ela.
3 Tiro se tornou descalvada como o topo de uma rocha.
4 Os pescadores estendiam suas redes sobre a cidade.
5 As ruínas da antiga Tiro foram lançadas na água e a cidade nunca mais foi reconstruída.

Predições/Descobertas/ Fatos Referentes a Jerusalém

Os profetas de Israel, Isaías e Jeremias, predisseram o ataque de Nabucodonosor (o rei de Babilônia) sobre Jerusalém (Jeremias 27:6 e 32:29).
As Cartas de Lachish, descobertas de 1932 –1938, aproximadamente 38 quilômetros ao norte de Berseba, descrevem o ataque de Nabucodonosor sobre Jerusalém, em 587 a.C.
O Monolito de Davi, desenterrado em Tel Dan, em 1993, no norte de Israel, confirma 1 Samuel 16:26 de que Davi foi de fato rei de Israel.
Os Pergaminhos do Mar Morto, descobertos por um pastor árabe, Mohammed El Dahib, em 1948, comprovaram-se ser os achados mais significativos de todos os tempos. Esses pergaminhos
contêm cada livro do Velho Testamento, na íntegra ou parte deles. Eles remontam de 125 – 150 antes de Cristo e poderiam ser facilmente datados do mesmo período dos manuscritos do Velho Testamento citados por Jesus. Eles são notavelmente acurados em sua transmissão. Não há grandes variações entre os manuscritos dos Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.
Ao longo dos séculos, as profecias bíblicas e as  descobertas arqueológicas da escritura provam a confiabilidade e a acuidade da Palavra de Deus.
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.  2 Timóteo 3:16, 17
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Cidade egípcia engolida pelo mar é redescoberta depois de 1.200 anos: fotos
Modelo computacional de como teria sido a cidade no seu tempo
Modelo computacional de como teria sido a cidade no seu tempo
Arqueólogos redescobriram uma cidade egípcia envolta em mitos, engolida pelo Mar Mediterrâneo e enterrada na areia e na lama por mais de 1.200 anos.
Conhecida como Heracleion para os antigos gregos e Thonis para os antigos egípcios, a cidade foi encontrada em 2000 pelo arqueólogo subaquático francês Franck Goddio e sua equipe do Instituto Europeu de Arqueologia Subaquática, depois de um levantamento geofísico de quatro anos.
As ruínas da cidade perdida estavam 9,4 metros abaixo da superfície do Mar Mediterrâneo, em Aboukir Bay, perto de Alexandria. Vários artefatos surpreendentemente bem preservados foram recuperados, e contam um pouco da história do povo que lá viveu.
Esta estela foi ordenada pelo faraó Nectanebo I, que viveu entre 378 e 362 aC. É quase idêntica à estela de Náucratis, que fica no Museu Egípcio do Cairo
Esta estela foi ordenada pelo faraó Nectanebo I, que viveu entre 378 e 362 aC. É quase idêntica à estela de Náucratis, que fica no Museu Egípcio do Cairo
A deusa Ísis era adorada como mãe e esposa, bem como patrona da natureza e da magia
A deusa Ísis era adorada como mãe e esposa, bem como patrona da natureza e da magia

Porto da era clássica

Durante a escavação de 13 anos de Thonis-Heracleion, emocionantes descobertas arqueológicas ajudaram a descrever uma cidade antiga que não era apenas um centro comercial internacional vital, mas, possivelmente, um importante centro religioso.
A pesquisa sugere que Thonis-Heracleion serviu como uma porta de entrada obrigatória para o comércio entre o Mediterrâneo e o Nilo.
Até o momento, 64 naufrágios e mais de 700 âncoras foram descobertos a partir da lama da baía. Outros achados incluem moedas de ouro, pesos de Atenas (que nunca foram encontrados em um site egípcio) e tábuas gigantes inscritas em egípcio e grego antigos. Os pesquisadores pensam que esses artefatos apontam a proeminência da cidade como um centro de comércio movimentado.
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Também foi analisada uma variedade de artefatos religiosos na cidade submersa, incluindo esculturas de pedra de cerca de 5 metros de altura, que provavelmente adornaram o templo central da cidade, e sarcófagos de pedra calcária que se acredita terem contido animais mumificados.
Uma das descobertas mais importantes na área do templo foi esta capela monolítica, pois serviu como uma chave para identificar o resto da cidade
Uma das descobertas mais importantes na área do templo foi esta capela monolítica, pois serviu como uma chave para identificar o resto da cidade
Os pesquisadores descobriram uma estátua de 5,4 m que representa o deus Hapi, que era o deus das inundações do Nilo e um símbolo da fertilidade e da abundância. A estátua decorava o templo de Heracleion
Os pesquisadores descobriram uma estátua de 5,4 m que representa o deus Hapi, que era o deus das inundações do Nilo e um símbolo da fertilidade e da abundância. A estátua decorava o templo de Heracleion
Especialistas se maravilharam com a diversidade de objetos localizados e com o quão bem eles estavam preservados. “A evidência arqueológica é simplesmente impressionante”, disse Sir Barry Cunliffe, arqueólogo da Universidade de Oxford (Reino Unido).
Apesar de toda a excitação sobre a escavação, um mistério sobre Thonis-Heracleion permanece em grande parte sem solução: por que exatamente a cidade afundou?
A equipe de Goddio sugere que o peso de grandes construções em uma região de barro e solo de areia pode ter feito a cidade afundar após um terremoto. Segundo Goddio, pode levar mais 200 anos antes de os cientistas descobrirem todos os segredos da cidade perdida.[HuffingtonPost, SFR, IBT]
Mergulhadores inspecionaram uma estátua de um faraó de 5 metros de altura. Feita de granito vermelho, foi encontrada perto do templo em Thonis-Heracleion
Mergulhadores inspecionaram uma estátua de um faraó de 5 metros de altura. Feita de granito vermelho, foi encontrada perto do templo em Thonis-Heracleion
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Tumbas misteriosas são descobertas no Egito
 
A estátua de Osíris na tumba de Tebas, atual Luxor
A estátua de Osíris na tumba de Tebas, atual Luxor
Trabalhando na necrópole de Tebas, um vasto conglomerado de túmulos antigos e templos mortuários na antiga cidade de Tebas, atual Luxor, no Egito, arqueólogos descobriram uma tumba antiga, na margem oeste do Nilo, feita à semelhança do túmulo mítico de Osíris.
Além disso, o túmulo de uma rainha egípcia previamente desconhecida foi encontrado em uma pirâmide na necrópole do Cairo

Rainha quem?

Túmulo encontrado da até então desconhecida Rainha Khentakawess III
Túmulo encontrado da até então desconhecida Rainha Khentakawess III
Uma equipe de arqueólogos do Instituto Tcheco de Egiptologia descobriu o túmulo de uma rainha egípcia previamente desconhecida, que eles agora acreditam ser a esposa do faraó Neferefre, que governou há 4.500 anos.
O túmulo foi descoberto em Abu Sir, que é uma vasta necrópole construída nas proximidades da capital egípcia do Cairo. Lá, há várias pirâmides dedicadas a faraós da Quinta Dinastia do Império Antigo (2494 a 2345 aC), incluindo Neferefre.
O ministro das antiguidades egípcias, Mamdouh al-Damaty, disse que o nome da rainha foi identificado como Khentakawess III graças a inscrições nas paredes de sua tumba.
“Esta descoberta vai lançar luz sobre certos aspectos desconhecidos da Quinta Dinastia, que junto com a Quarta Dinastia, testemunhou a construção das primeiras pirâmides”, disse al-Damaty.
Além de identificá-la como “esposa do rei”, a inscrição também indicava que a rainha era “mãe do rei”, provavelmente referindo-se ao faraó Menkauhor Kaiu, o sétimo governante da Quinta Dinastia, que administrou a região cerca de 2422 a 2414 aC.

  A parte alta da tumba consiste de um “mastaba”, uma estrutura retangular de teto plano com os lados construídos em tijolo ou pedra, e uma capela, que originalmente tinha um par de portas falsas na parede oeste. A parte subterrânea da tumba consiste de uma câmara funerária.
O túmulo continha  duas dezenas de utensílios feitos de calcário e cobre
O túmulo continha duas dezenas de utensílios feitos de calcário e cobre

Osíris

Outro túmulo misterioso foi encontrado em Abydos, uma das cidades mais antigas do Egito, na necrópole de Sheikh Abd el-Qurna, que contém a maior concentração de túmulos privados no complexo de Tebas.
Este é o lugar onde todos os sacerdotes e a nobreza egípcia foram enterrados durante o Império Novo, um período da história que durou do século 16 aC até o século 11 aC, governado pelas dinastias 18ª, 19ª e 20ª do Egito.
Parte do túmulo foi descoberto por Philippe Virey em 1887, mas nunca foi descrita. Assim, uma equipe de arqueólogos espanhóis e italianos liderados por María Álvarez Milagros Sosa do Projeto Min se propuseram a escavar suas múltiplas câmaras e poços este ano.
Tumba misteriosa de Tebas
Tumba misteriosa de Tebas
Eles relataram que a tumba foi modelada de acordo com o enorme túmulo de Osíris, um componente importante da antiga lenda egípcia.
Os arqueólogos acreditam que remonta a 25ª dinastia do Egito (760-656 aC) ou a 26ª (672-525 aC), com base em uma comparação com tumbas similares que contêm elementos parecidos. O exemplo mais famoso é o túmulo de Osíris, chamado de Osireon, embutido no complexo funeral de Seti I.
Osíris é o antigo deus egípcio dos mortos, da vida após a morte e do submundo. É descrito geralmente com uma pele brilhante verde-esmeralda, barba de um faraó, coroa adornada por duas penas de avestruz e pernas enfaixadas como uma múmia.
O simbolismo de Osíris é muito evidente na tumba, uma vez que todos os elementos que lembram o túmulo mítico estão presentes, como uma grande escada de 3,5 metros de comprimento levando para o Inferno, uma estátua de Osíris na parte mais alta, simbolizando seu isolamento; um corredor vazio que simboliza o canal de água e uma câmara abaixo da estátua, identificando o falecido com Osíris

O mistério do pênis ereto do faraó Tutancâmon


Publicado em 8.01.2014
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O rei do Egito Tutancâmon foi embalsamado de uma maneira incomum, com seu pênis mumificado ereto em um ângulo de 90 graus, e sem coração. Agora, um novo estudo sugere que essas anormalidades para um rei mumificado podem ter sido um esforço para combater uma revolução religiosa desencadeada por seu pai.
O faraó foi enterrado no Vale dos Reis do Egito sem um coração (ou um artefato de substituição conhecido como “escaravelho-coração”), seu pênis foi mumificado ereto, e sua múmia e caixões foram cobertos por uma espessa camada de líquido preto que parece ter resultado em um incêndio no corpo do menino.
Estas anomalias têm recebido muita atenção acadêmica e da mídia nos últimos anos. Mas o mistério pode ter chegado ao fim – a egiptóloga Salima Ikram, da Universidade Americana no Cairo (Egito), propõe uma razão para elas.
Ela crê que o pênis ereto e outras irregularidades do embalsamamento não foram acidentais, mas sim tentativas deliberadas de fazer o rei se parecer com Osíris, o deus do submundo, da forma mais literal possível.
O pênis ereto evoca os poderes regenerativos de Osíris, o líquido preto imita a cor da sua pele, e o coração sumido recorda a história do deus, que foi cortado em pedaços e teve seu coração enterrado por seu irmão Seth.
Fazer o rei aparecer como Osíris pode ter ajudado a desfazer uma revolução religiosa provocada por Aquenáton, um faraó que se acredita ter sido o pai de Tutancâmon. Aquenáton tentou concentrar a religião egípcia em torno da adoração de Aton, o disco solar, indo tão longe a ponto de destruir imagens de outros deuses. Tutancâmon estava tentando desfazer essas alterações e retornar o Egito à sua religião tradicional, com sua mistura de deuses.
Ikram adverte que sua ideia é especulativa, mas, se estiver correta, explicaria alguns dos mistérios que cercam a mumificação e o enterro de Tutancâmon.

Tutancâmon como Osíris

O pênis ereto eventualmente se separou do corpo do rei quando a múmia foi descoberta, o que levou a especulações da mídia de que tinha sido roubado.
Segundo Ikram, não há notícia de outra múmia egípcia enterrada com uma ereção. Esse fato pode ter uma conexão com o deus Osíris, pois o pênis ereto é um símbolo por excelência do renascimento e da ressurreição. Além disso, múmias artificiais criadas em períodos posteriores em honra a Osíris, feitas de uma mistura de materiais, possuíam a mesma característica.
Também há evidências de que a múmia literalmente pegou fogo, algo aparentemente provocado pela grande quantidade de óleos e resinas pretas aplicada ao seu corpo. Em outubro de 1925, Howard Carter, arqueólogo que liderou a equipe que descobriu a tumba em 1922, escreveu: “A maior parte dos detalhes está escondida por um revestimento preto brilhante, deliberadamente derramado sobre o caixão em grande quantidade”.
A abundância de líquido preto, o que deixou a pele do rei Tut de uma cor escura, pode ter sido uma tentativa de retratar o faraó tão literalmente quanto possível como Osíris, aludindo à cor preta associada ao deus como “senhor da terra do Egito, escuro com o rico solo da inundação, e a fonte da fertilidade e regeneração”, explica Ikram.
Outra anomalia misteriosa é a ausência do coração do faraó e a falta de um escaravelho-coração para servir como substituto. “Este órgão era um componente chave para o sucesso da ressurreição do corpo”, diz Ikram, observando que, na mitologia egípcia, o coração é pesado contra a pena que representa o deus Maat para determinar se uma pessoa é digna de ressurreição.
A ausência do órgão não parece ter sido resultado de roubo; em vez disso, pode ser uma alusão a uma famosa história da lenda de Osíris, quando seu corpo foi cortado em pedaços por seu irmão Seth, que enterrou seu coração. Os cortes tipicamente usados para remover os órgãos internos de uma múmia estavam invulgarmente brutais e grandes em Tutancâmon, outra alusão, talvez, a carnificina de Seth contra Osíris.
Outras evidências também apontam para a personificação de Osíris. Por exemplo, a parede norte da câmara funerária do rei o mostra como Osíris por meio de sua decoração. Essa representação é única no Vale dos Reis: outros túmulos só mostram o rei sendo abraçado por Osíris ou oferecido a ele.
Carter foi o primeiro a salientar que o faraó estava sendo retratado como Osíris. “Talvez a ênfase de Carter em suas notas durante o desembrulhar e exame da múmia esteja mais correta do que ele mesmo pensava: o rei estava de fato sendo mostrado como Osíris, mais do que era habitual em enterros reais”, Ikram argumenta.
“Pode-se especular que, naquele momento histórico/religioso delicado, os modos habituais para a mumificação do rei não eram suficientes, e por isso os sacerdotes-embalsamadores prepararam o corpo de tal forma que enfatizasse a divindade do rei e sua identificação com Osíris”, conclui. [LiveScience]
 
     Estas anomalias têm recebido muita atenção acadêmica e da mídia nos últimos anos. Mas o mistério pode ter chegado ao fim – a egiptóloga Salima Ikram, da Universidade Americana no Cairo (Egito), propõe uma razão para elas.
Ela crê que o pênis ereto e outras irregularidades do embalsamamento não foram acidentais, mas sim tentativas deliberadas de fazer o rei se parecer com Osíris, o deus do submundo, da forma mais literal possível.
O pênis ereto evoca os poderes regenerativos de Osíris, o líquido preto imita a cor da sua pele, e o coração sumido recorda a história do deus, que foi cortado em pedaços e teve seu coração enterrado por seu irmão Seth.
Fazer o rei aparecer como Osíris pode ter ajudado a desfazer uma revolução religiosa provocada por Aquenáton, um faraó que se acredita ter sido o pai de Tutancâmon. Aquenáton tentou concentrar a religião egípcia em torno da adoração de Aton, o disco solar, indo tão longe a ponto de destruir imagens de outros deuses. Tutancâmon estava tentando desfazer essas alterações e retornar o Egito à sua religião tradicional, com sua mistura de deuses.
Ikram adverte que sua ideia é especulativa, mas, se estiver correta, explicaria alguns dos mistérios que cercam a mumificação e o enterro de Tutancâmon.

Tutancâmon como Osíris

O pênis ereto eventualmente se separou do corpo do rei quando a múmia foi descoberta, o que levou a especulações da mídia de que tinha sido roubado.
Segundo Ikram, não há notícia de outra múmia egípcia enterrada com uma ereção. Esse fato pode ter uma conexão com o deus Osíris, pois o pênis ereto é um símbolo por excelência do renascimento e da ressurreição. Além disso, múmias artificiais criadas em períodos posteriores em honra a Osíris, feitas de uma mistura de materiais, possuíam a mesma característica.
Também há evidências de que a múmia literalmente pegou fogo, algo aparentemente provocado pela grande quantidade de óleos e resinas pretas aplicada ao seu corpo. Em outubro de 1925, Howard Carter, arqueólogo que liderou a equipe que descobriu a tumba em 1922, escreveu: “A maior parte dos detalhes está escondida por um revestimento preto brilhante, deliberadamente derramado sobre o caixão em grande quantidade”.
A abundância de líquido preto, o que deixou a pele do rei Tut de uma cor escura, pode ter sido uma tentativa de retratar o faraó tão literalmente quanto possível como Osíris, aludindo à cor preta associada ao deus como “senhor da terra do Egito, escuro com o rico solo da inundação, e a fonte da fertilidade e regeneração”, explica Ikram.
Outra anomalia misteriosa é a ausência do coração do faraó e a falta de um escaravelho-coração para servir como substituto. “Este órgão era um componente chave para o sucesso da ressurreição do corpo”, diz Ikram, observando que, na mitologia egípcia, o coração é pesado contra a pena que representa o deus Maat para determinar se uma pessoa é digna de ressurreição.
A ausência do órgão não parece ter sido resultado de roubo; em vez disso, pode ser uma alusão a uma famosa história da lenda de Osíris, quando seu corpo foi cortado em pedaços por seu irmão Seth, que enterrou seu coração. Os cortes tipicamente usados para remover os órgãos internos de uma múmia estavam invulgarmente brutais e grandes em Tutancâmon, outra alusão, talvez, a carnificina de Seth contra Osíris.
Outras evidências também apontam para a personificação de Osíris. Por exemplo, a parede norte da câmara funerária do rei o mostra como Osíris por meio de sua decoração. Essa representação é única no Vale dos Reis: outros túmulos só mostram o rei sendo abraçado por Osíris ou oferecido a ele.
Carter foi o primeiro a salientar que o faraó estava sendo retratado como Osíris. “Talvez a ênfase de Carter em suas notas durante o desembrulhar e exame da múmia esteja mais correta do que ele mesmo pensava: o rei estava de fato sendo mostrado como Osíris, mais do que era habitual em enterros reais”, Ikram argumenta.
“Pode-se especular que, naquele momento histórico/religioso delicado, os modos habituais para a mumificação do rei não eram suficientes, e por isso os sacerdotes-embalsamadores prepararam o corpo de tal forma que enfatizasse a divindade do rei e sua identificação com Osíris”, conclui

Máscara de Tutancâmon foi irreversivelmente danificada

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A Máscara de Tutancâmon, utilizada em seu enterro, é uma das mais famosas do Antigo Egito, mas acaba de ser irreversivelmente danificada.
E não foi porque o rei estava se revirando na tumba, não. A relíquia arqueológica, que é considerada a mais conhecida do mundo, foi derrubada durante uma tentativa fracassada de limpeza

Emenda pior que o soneto

Pode ficar pior? Pode. Porque depois de ser derrubada, aquela barba trançada azul e o ouro na máscara de enterro do Rei Tut foram colados “às pressas” com um adesivo inadequado, danificando o item ainda mais.
Como a Associated Press, agência de notícias americana, está relatando, parece que aquela famosa barbicha foi rapidamente colada de volta “no lugar” por curadores do Museu Egípcio, que fica no Cairo, com epóxi, um “material irreversível” que é completamente inadequado para um esforço de restauração desta importância.
Depois que a confusão estava toda feita, os conservadores do museu vieram a público para contar da lambança para todo mundo. Mas, apesar de obviamente muito frustrante, essa história não está totalmente bem contada.

Versões conflitantes

Ainda não ficou claro quando exatamente esse incidente aconteceu – se a icônica barba foi mesmo derrubada acidentalmente, ou se foi removida porque estava solta. Três curadores do museu estão contando histórias diferentes.
O que sabemos, no entanto, é que eles receberam uma ordem “de cima” para remendar rapidamente a máscara, e que foi nesse momento de pressa/pânico que o epóxi foi usado. Todos os três curadores se recusaram a dar seu nome por medo de represálias profissionais. Não julgo.
A partir do relatório da Associated Press, ficamos sabendo de ainda uma outra versão, que diz que “a máscara deve ter sido levada para o laboratório de conservação”, mas como eles estavam com pressa para obtê-la de volta, teriam acelerado o processo e usado essa secagem rápida com um material irreversível.

E agora, com que cara o Rei Tutancâmon fica?

O conservador disse que a máscara agora mostra uma lacuna entre o rosto e a barba, sendo que antes essas partes estavam diretamente ligadas.
Além disso, inadvertidamente, o epóxi foi colocado também sobre a face da máscara – e eles usaram uma espátula na tentativa de tirá-lo, prejudicando ainda mais relíquia.
Um dos conservadores do museu, presente no momento da reparação, disse que o epóxi usado tinha secado sobre a face da máscara do rei e que um colega usou uma espátula para removê-lo, deixando arranhões. O primeiro conservador, que inspeciona o artefato regularmente, confirmou os arranhões e disse que era claro que eles tinham sido feitos por uma ferramenta usada para raspar o epóxi.
O Ministério de Antiguidades do Egito e a administração do museu não estão respondendo às perguntas da mídia internacional, mas foi garantido que uma investigação está em andamento

10 razões bíblicas pelas quais o inferno pode não existir
 
 
A crença no inferno é popular e faz parte da percepção básica da religião na cultura cristã. No entanto, alguns dizem que a evidência de tal castigo eterno é praticamente inexistente. Confira os dez argumentos abaixo e diga o que você acha:

10. A Bíblia mal menciona algo como o inferno

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De acordo com Romanos 6:7, “todo aquele que morreu já foi justificado do pecado”. Se os pecados de uma pessoa são apagados com a sua morte, por que existir a punição adicional do inferno?
Romanos 6:23 prossegue, afirmando que “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por intermédio de Cristo Jesus, nosso Senhor”. Note que não há nenhuma menção dos pecadores sendo condenados à tortura eterna; eles simplesmente não recebem a recompensa por uma vida justa.
Da mesma forma, 2 Tessalonicenses 1:9 diz que “Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação permanente da presença do Senhor e da majestade do seu poder”. Ou seja, a punição para aqueles considerados ímpios não é tortura de fogo, mas a destruição.
João 3:36 afirma algo parecido. “Quem crê no Filho tem a vida eterna; aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele”.
Enquanto isso, Judas 1:7 menciona “fogo eterno”, mas apenas no contexto de Sodoma e Gomorra, literalmente destruídas pelo fogo eterno da ira de Deus.
Algo remotamente parecido com a visão de “inferno” da cultura popular aparece em breves menções no Livro do Apocalipse e duas das parábolas de Cristo. Mas se um lugar de tormento eterno foi realmente concebido como um componente integral do cristianismo, não é estranho que a Bíblia nunca parece prestar atenção a ele?

9. Interminável castigo não faz sentido bíblico

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De uma perspectiva cristã, a ideia do inferno não é apenas cruel e incomum, bem como totalmente excessiva. Será que um Deus descrito na Bíblia como verdadeiro, justo e correto aprovaria algo como punição eterna?
1 João 4:8 diz que “Aquele que não ama não conhece a Deus, porquanto Deus é amor”. Será que um Deus que é o próprio conceito de amor torturaria eternamente um filho Seu como castigo, mesmo que ele tivesse feito algo ruim?
Deuteronômio 19:21 afirma: “Portanto, não considerarás com piedade esses casos: alma por alma, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé!”. Tal sanção de igualdade parece um pouco fora de sincronia com a ideia de uma angústia literalmente infinita.
O inferno popular parece ainda mais bizarro depois de considerar as palavras de Deus em Jeremias 7:31: “Eles construíram o alto de Tofete no vale de Ben-Hinom, a fim de queimarem seus próprios filhos e filhas como holocausto, sacrifício que jamais ordenei e nem sequer pensei em requerer”. Se a ideia de seres humanos sendo queimados é tão desagradável para Deus que nunca sequer entrou em Seus pensamentos, o que diria Ele então do inferno?

8. Muitas referências ao inferno foram erros de tradução

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Quando se trata de equívocos sobre o inferno, a popular versão da Bíblia do rei Jaime, do século 17, é campeã. Nela, o profeta Jonas esteve na “barriga do inferno”, enquanto Davi insiste que Deus estaria com ele mesmo no inferno. Até Jesus aparece no inferno após a sua morte na cruz. Isto, obviamente, não faz sentido.
A Bíblia afirma repetidamente que o inferno, o que quer que seja, envolve a separação de Deus. Então, por que Jesus aparece por lá e Davi está tão seguro de que Deus estaria com ele lá?
A resposta é que essa versão traduziu um monte de diferentes palavras gregas e hebraicas sob o termo “inferno”. As palavras em questão são Hades, Sheol, Tártaro e Geena, com significados muito diferentes em seu contexto original. Por exemplo, Hades e Seol, que são palavras mais ou menos equivalentes em grego e hebraico, não podem nem razoavelmente ser traduzidas como “lugar de tormento”, algo que a palavra “inferno” geralmente implica. Uma tradução melhor seria “sepultura” ou “vida após a morte”. Esses termos sequer carregam um juízo de valor como o do “inferno”, uma vez que somente os ímpios vão para o inferno, mas todas as almas vão para Sheol após a morte.
A Nova Versão Internacional da Bíblia faz uma referência muito menos dramática de certas passagens. Ela se refere ao inferno somente 15 vezes, em comparação com 54 menções na Bíblia do rei Jaime. Ainda assim, muita confusão e desentendimento foram causados pelos primeiros tradutores da Bíblia.

7. Geena é controversa

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Já explicamos que “Hades” e “Sheol” não correspondem à percepção moderna do inferno. “Tártaro” é também ocasionalmente traduzido como “inferno”, mas o termo só aparece uma vez na Bíblia, e não em relação aos seres humanos, por isso tem pouca relevância. E quanto à “Geena”?
Esse é certamente o termo bíblico mais traduzido como “inferno”. Por exemplo, a Nova Versão Internacional de Mateus 5:30 afirma: “E, se tua mão direita te fizer pecar, corta-a e atira-a para longe de ti; pois te é melhor que um dos teus membros se perca do que todo o teu corpo seja lançado no inferno”. Assustador, não? Tudo se resume à controvérsia sobre o significado exato de “Geena” expressa aqui como “inferno”.
A palavra em si é uma tradução grega dos termos hebraicos “ge-hinnom” e “ge-ben-hinnom”, que significam “vale dos filhos de Hinom” e se referem a um vale real próximo a Jerusalém antiga. O vale aparece pela primeira vez no Antigo Testamento como a localização de sacrifícios pagãos de crianças, que continuam pelo menos até 2 Reis 23:10, que descreve como Josias destruiu o lugar de tal ordem que “ninguém mais conseguiu sacrificar ali seus filhos e filhas, queimando-os em adoração ao deus Moloque, como era costume se fazer”.
Uma explicação é que, na época de Jesus, o termo Geena foi aparentemente usado metaforicamente para se referir a um lugar de destruição. É interessante notar que o hebraico não tem nenhuma palavra para tal conceito e Jesus aparentemente não sentiu necessidade de introduzir um, preferindo fazer alusões históricas.
Ou então, segundo alguns estudiosos, o vale de Geena tornou-se de fato um lugar essencialmente incinerador na época de Cristo. Ele constantemente consumia o lixo da cidade e os corpos de criminosos e desonrados. Esta tradição é bastante antiga, mas não é suportada por qualquer evidência ou relatos antigos. Em qualquer caso, nenhuma das referências de Cristo a Geena sugerem qualquer tipo de tormento eterno. Remover os injustos da existência, como os versículos sugerem, não soa particularmente parecido com torturá-los para sempre.

6. Jesus não inventou parábolas sobre o inferno

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A ideia de um inferno de fogo é quase completamente alheia à Bíblia, exceto por algumas menções incluindo a parábola do homem rico e Lázaro, conforme registrado em Lucas 16:19-31.
Na história, um homem rico ignora a vida toda um mendigo, chamado Lázaro. Mas o par de experimenta uma inversão de papéis após suas mortes, quando Lázaro é levado pelos anjos para uma existência feliz no seio de Abraão, enquanto o homem rico se vê atormentado em um fogo ardente. O homem rico implora a Lázaro para ter pena dele e trazê-lo um pouco de água, mas Abraão ressalta que o homem rico viveu uma grande vida e nunca teve pena de Lázaro. Abraão também se recusa a ressuscitar Lázaro para avisar a família do homem rico para mudar suas maneiras, argumentando que eles podem optar por seguir os profetas ou não, mas testemunhar um milagre não vai de repente transformá-los em boas pessoas.
Este é provavelmente o mais próximo que a Bíblia chega da concepção moderna do inferno. No entanto, é importante notar que a Bíblia não apresenta essa parábola como uma história verdadeira ou uma advertência direta sobre a vida após a morte. As parábolas de Cristo são claramente histórias fictícias destinadas a transmitir uma mensagem.
O conto do homem rico e Lázaro é precedido pela parábola do mordomo infiel, onde um servo defrauda seu mestre e é recompensado por isso. Se você ignorar o significado mais profundo das parábolas, concluirá que Jesus achava que roubar de seu chefe era uma coisa boa.
Só que, na verdade, essas parábolas nem sequer foram criadas por Jesus. Estudiosos há muito identificaram o esboço geral dessa história de Lázaro (o mendigo recompensado após a morte, enquanto o homem rico é punido) como um conto popular egípcio conhecido de instrutores religiosos judeus, como os fariseus, ao ponto da literatura judaica primitiva conter pelo menos sete versões da narrativa.
No relato de Lucas, Jesus só conta a parábola do homem rico depois que os fariseus zombam de sua parábola original do mordomo infiel, usando uma de suas próprias histórias favoritas para demonstrar a hipocrisia de tais fariseus.

5. Vários versículos sobre um lugar como o inferno não são conclusivos

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A Bíblia contém uma referência à tortura de fogo eterno em Apocalipse 20:10-15: “Eles serão atormentados dia e noite pelos séculos dos séculos”. Mas quem são “eles”? Coisas como o Diabo, a Besta e o Falso Profeta, que não são pessoas reais. Em outras palavras, tal referência é um simbolismo.
Existe também a parábola da ovelha e dos bodes, como encontrada no Livro de Mateus. Na história, Jesus aparece para falar do Juízo Final: “Ide para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos”. A parábola termina com uma aparente referência ao tormento sem fim: “Sendo assim, estes irão para o sofrimento eterno, porém os justos, para a vida eterna”.
Essa passagem é considerada a chave por trás da concepção popular de inferno. No entanto, muitos teólogos argumentam que essa interpretação contradiz uma série de outros versículos da Bíblia que explicam o destino dos ímpios no Juízo Final como a destruição através da “segunda morte”.
Se os injustos são destruídos, eles não podem ser atormentados para sempre. Alguns estudiosos bíblicos argumentam que, enquanto o fogo da punição é descrito como eterno, isso não significa que os ímpios serão punidos por toda a eternidade. Em outras palavras, a punição eterna (“aionios kolasis”) dura para sempre, mas a própria punição é simplesmente destruição imediata.
Testemunhas de Jeová e outros grupos que não acreditam no inferno vão ainda mais longe, argumentando que a palavra kolasis não deve ser traduzida como “punição”. Citando sua derivação de um termo grego para “poda de árvores”, eles sugerem que seria melhor traduzida como “corte”, “destruição” ou mesmo “morte”. A última interpretação transformaria “aionios kolasis” em “morte eterna”, um agradável contraste com a “vida eterna” prometida aos justos.
O termo “kolasis” só aparece duas vezes no Novo Testamento, mas o Velho Testamento em grego usa a palavra para se referir a punição em geral, e a morte como uma forma de punição, sugerindo que “punição eterna” e “morte eterna” são duas traduções válidas.

4. Mesmo os primeiros padres não concordavam sobre a existência do inferno

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Nem mesmo os primeiros padres das igrejas cristãs primitivas concordavam em seus conceitos sobre o inferno. Justino Mártir, Clemente de Alexandria, Tertuliano e Cipriano estavam entre aqueles que consideravam que o inferno era um lugar literal de tormento ardente. Orígenes e Gregório de Níssa discordavam, dizendo que o inferno era simplesmente a separação de Deus.
Embora a ideia de condenação eterna de fogo possa ser encontrada tão cedo quanto no livro apócrifo do século II “Apocalipse de Pedro”, não parece ter-se tornado dominante no pensamento cristão até por volta do século V dC. Ironicamente, essa visão foi fortemente inspirada pelo filósofo e matemático grego Platão, que não era cristão, e a quem o historiador francês Georges Minois creditou com “a maior influência sobre as visões tradicionais do inferno”.
O Mito de Er de Platão apresenta uma vida futura em que os pecadores são punidos ou recompensados na proporção de suas más ações na vida. Seja qual for sua opinião sobre a existência do inferno, as punições específicas citadas por Platão definitivamente não têm apoio bíblico. Mesmo assim, podem ser detectadas em muitas versões populares de um inferno, mais notavelmente o Inferno de Dante.
Nos tempos modernos, muitas denominações cristãs se afastaram da concepção do Inferno de Santo Agostinho como um lugar físico abaixo da Terra. Por exemplo, desde 1992, através de uma decisão do Papa João Paulo II, ensina-se no Catecismo que o inferno é simplesmente um estado de “autoexclusão definitiva da comunhão com Deus e com os abençoados”.

3. Alguns aspectos do inferno parecem distintamente não cristãos


Vários aspectos da visão de inferno parecem emprestados de outras culturas. Por exemplo, a religião egípcia antiga contava com uma caverna possuindo um “lago de fogo” onde as almas dos ímpios eram punidas por suas transgressões. Os primeiros mesopotâmios também acreditavam que o submundo era subterrâneo, embora não fosse um lugar de castigo eterno.
Uma comparação particularmente interessante pode ser feita entre a ideia popular de inferno e o Zoroastrismo, uma religião antiga originada no que hoje é o Irã. Nos primeiros textos zoroastristas, as almas dos pecadores são julgadas após a morte e condenadas a punição eterna no submundo, que o Livro de Arda Viraf descreve como um poço cheio de fogo, fumaça e demônios. As almas são torturadas de acordo com a gravidade de seus pecados em vida, e tal tortura é presidida por Angra Mainyu, “o grande espírito do mal”. Isso soa muito parecido com o inferno da cultura pop moderna.
Esses detalhes não têm nenhuma base na Bíblia. O Inferno zoroastrista é composto por demônios e governado por uma figura diabólica, enquanto o Diabo cristão e seus seguidores não têm nenhum papel na vida após a morte e são o único grupo claramente destinado a punição em “Tártaro”.

2. O conceito é estranho ao Antigo Testamento

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Mesmo as menções fracas ao inferno no Novo Testamento parecem melhores em comparação com o Antigo Testamento, que claramente não mostra nenhum conceito de um lugar de tormento eterno.
Escrituras como Jó 3:11-17 sugerem que a morte é simplesmente uma cessação: “Ora, por que não me foi tirada a vida ainda no ventre de minha mãe? Por que não morri ao nascer? (…) Porquanto, se assim fora, agora estaria dormindo, jazeria em paz e desfrutaria de tranquilidade e descanso. (…) Se minha mãe tivesse tido um aborto, às escondidas, eu não teria continuado a existir e seria como as crianças que nunca viram a luz do dia. Na sepultura termina a ambição e a maldade dos ímpios, ali também repousam em paz os atribulados pela vida”.
Eclesiastes 3:19 soa ainda mais cético sobre a possibilidade de vida após a morte: “Porquanto a sorte do ser humano e a do animal é idêntica: como morre um, assim morre o outro, e ambos têm o mesmo espírito, o mesmo fôlego de vida; de fato, o ser humano não tem vantagem alguma sobre os animais. E, assim, tudo não passa de uma grande ilusão!”.
Mesmo no início da Bíblia, em Gênesis, a punição de Adão e Eva por não ouvir as instruções de Deus e comer do fruto proibido não foi a ameaça do fogo do inferno, mas sim de morte: “porque tu és pó e ao pó da terra retornarás!”.

1. O inferno é simplesmente uma tática de intimidação


Como vimos até agora, um estudo cuidadoso da Bíblia sugere que a ideia de inferno como castigo eterno não é verdadeira, ou não tem base na religião cristã. Então, por que tanta gente, até mesmo dentro da Igreja Católica, insiste nisso até hoje?
Não se pode negar que a ideia de inferno tem sido usada como uma tática de intimidação para manter as pessoas na linha ou atingir um objetivo desejado há muito tempo. Por exemplo, se as pessoas não temessem o inferno, por que comprariam um lugar no céu?
Até figuras como a Rainha Maria I da Inglaterra usaram a doutrina como uma desculpa para perpetrar barbáries. Antes de sentenciar um grupo de protestantes para ser queimado vivo, ela supostamente declarou que tal punição era adequada para seus corpos na Terra, visto que suas almas eternamente queimariam no inferno.
Mesmo nos tempos modernos, o tema “acredite ou você vai para o inferno” é comum, completo com descrições vívidas de ranger de dentes, gritos dos condenados e odor de carne escaldante. Como tantas outras táticas de chantagem, a ideia de “arder no fogo do inferno” pode exercer um apelo poderoso sobre os crentes.
Para finalizar a argumentação contra um inferno, voltemos mais uma vez à parábola do homem rico e Lázaro, frequentemente citada como “prova bíblica” da doutrina do inferno. Muitos poderiam dizer que, na verdade, ela carrega a mensagem oposta. No final da parábola, Abraão não concorda em enviar Lázaro de volta à Terra para advertir os pecadores do destino terrível que os aguarda na vida após a morte justamente porque ele acredita que a justiça só pode vir da crença, ao invés do medo de alguma punição sobrenatural.

 


Cientistas abrem sarcófago do Egito; veja como estava a múmia
 

Até a tampa de o sarcófago ser retirada -- expondo os restos mumificados de 2.500 anos de um menino egípcio de 14 anos de idade -- o responsável geral do Field Museum, em Chicago, JP Brown não conseguia relaxar.
Brown e outros três cientistas usaram braçadeiras especialmente criadas como um berço para levantar a tampa do caixão frágil. Usando luvas cirúrgicas azuis, eles levantaram o sarcófago e colocaram delicadamente os restos mumificados em uma mesa de um laboratório com a umidade controlada.
O procedimento, realizado na última sexta-feira (5) e planejado há muito tempo pelo museu, revelou a máscara mortuária e os dedos dos pés de Minirdis, filho de um sacerdote. Ao conseguir estabilizar a múmia, os cientistas do museu permitirão que ela possa viajar na próxima exposição.
O Field Museum recebeu essa múmia em 1920 do Chicago Historical Society. Atualmente, ela faz parte da coleção do museu, que conta com 30 múmias humanas completas do Egito.
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Cientistas abrem sarcófago de múmia do Egito10 fotos

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O procedimento revelou a máscara mortuária e os dedos dos pés de Minirdis, filho de um sacerdote. Ao conseguir estabilizar a múmia, os preservacionistas do museu permitirão que ela possa viajar na próxima exposição Charles Rex Arbogast/AP
"Sempre há um risco de dano", explica Brown, que trabalha em um laboratório cheio de mesas cobertas de plástico por trás de uma grande janela que permite que crianças assistam seu trabalho.
Mesmo antes de abrir o caixão, os cientistas já sabiam o que esperar ao abrir o sarcófago, graças à tomografia computadorizada, que mostrou imagens de raios-X de dentro do caixão. Segundo os pesquisadores, foi possível ver o pé desenfaixado e a máscara rasgada. A múmia passará por um procedimento de reparo.
Como alguns pedaços do caixão já haviam desaparecido, a múmia tinha sido exposta a elementos externos. Por essa razão, Brown não estava preocupado que a múmia se desintegrasse em poeira quando o sarcófago fosse aberto -- como muitas vezes aparece nos filmes.
Caminhando ao redor do caixão aberto, Brown apontou e explicou o significado de uma marcação, uma resina colorida especial em panos de linho e dourado sobre a máscara. Se Minirdis tivesse vivido por mais tempo, ele teria sido um sacerdote como seu pai, afirma Brown.
Os cientistas não sabem por que Minirdis morreu tão jovem. (Com Associated Press)
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Veja tesouros arqueológicos200 fotos

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5.out.2015 - Uma antiga estátua Moai observa a noite estrelada. "As estátuas andaram!", diziam os moradores da Ilha de Páscoa. Arqueólogos ainda tentam entender como --e se a fábula era uma advertência de desastre ambiental ou celebração da perspicácia humana
Egito anuncia nova descoberta arqueológica na tumba de Tutancâmon
 
Khaled Desouki/AFP
Tumba de Tutancâmon, no vale dos Reis, em Luxor (Egito), que está sendo investigada
Tumba de Tutancâmon, no vale dos Reis, em Luxor (Egito), que está sendo investigada
O ministro egípcio de Antiguidades, Mamduh al Damati, apontou nesta terça-feira (29) a possibilidade de um novo descobrimento arqueológico na tumba do faraó Tutancâmon, que inspecionou nestes dias com o analista britânico Nicolas Reeves.

Esta inspeção preliminar na cripta do chamado "faraó menino" é o primeiro passo para comprovar a veracidade da teoria de Reeves, que em agosto revelou que nessa câmara funerária poderia estar também o sepulcro da rainha Nefertiti.

Segundo um comunicado do Ministério de Antiguidades, Al Damati adiantou que este estudo do mausoléu de Tutancâmon, no vale dos Reis, na cidade de Luxor, será seguido por outras medidas como o uso de um radar japonês no final de novembro.

O ministro pensa, no entanto, que o mais provável é que seja a múmia da mãe do faraó, a rainha Kiya, que se encontra no mausoléu de Tutancâmon, e não a de Nefertiti.

Nefertiti foi mulher do faraó Akhenaton, pai de Tutancâmon e que fez parte da 18ª dinastia, sucessão que governou o Egito entre 1539 a.C. e 1075 a .C.,.

Al Damati disse que há inscrições achadas na cidade faraônica de Tel Amarna (província de Minia) que revelam que o faraó Akhenaton e sua mulher transferiram sua residência da antiga capital Tebas (atual Luxor) a Tel Amarna.

Por sua vez, Reeves disse ontem ter evidências e bases científicas que confirmam sua teoria de que o sepulcro de Nefertiti está dentro do mausoléu de Tutancâmon.

Esta tumba ficará fechada às visitas turísticas a partir de 1º de outubro para ser submetida a trabalhos de restauração.

Tutancâmon morreu jovem, após um breve reinado entre 1332 a.C. e 1323 a.C. aproximadamente, mas foi o descobrimento de seus tesouros intactos o que fez com que começasse uma febre pela egiptologia.
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5.out.2015 - Uma antiga estátua Moai observa a noite estrelada. "As estátuas andaram!", diziam os moradores da Ilha de Páscoa. Arqueólogos ainda tentam entender como --e se a fábula era uma advertência
 
de desastre ambiental ou celebração da perspicácia humana
 
Arqueólogos definem época em que os primeiros faraós surgiram no
 
 Egito
 
Pela primeira vez, cientistas e arqueólogos ingleses conseguiram estabelecer uma robusta cronologia dos primeiros soberanos egípcios, apontando o momento crucial na História em que o Egito emergiu como um Estado único. A descoberta foi publicada nesta quarta-feira (4) no periódico da Sociedade Real Britânica de Física e Matemática, a Proceedings A. Especialistas discutem há décadas quando o Alto e o Baixo Egito se unificaram sob uma única liderança, surgindo como uma civilização estável e duradoura. Estimativas anteriores se baseavam, principalmente, na evolução dos estilos das cerâmicas encontradas em sítios funerários humanos. Por isso, elas apontavam que poderia ter ocorrido entre 4500 a.C e 2800 a.C., sem definir um período.
Mas uma equipe liderada por Michael Dee, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, ampliou os métodos usados para estimar as datas mais precisas e e descobriu que a unificação aconteceu muito mais rápido.
"As origens do Egito começaram um milênio antes da construção das pirâmides, e é por isso que nosso entendimento de como e por que este Estado poderoso se desenvolveu se baseava unicamente em evidências arqueológicas", explicou.
"Este novo estudo fornece nova datação por radiocarbono que restaura a cronologia dos primeiros soberanos dinásticos e sugere que o Egito se formou muito mais rapidamente do que se pensava anteriormente."
Eles construíram um modelo matemático que combinou novas medições de radiocarbono em mais de cem amostras de cabelo, ossos e plantas - escavadas nas tumbas dos primeiros faraós que estavam em coleções de museus - a outras evidências arqueológicas já estabelecidas.
O modelo matemático identificou que a ascensão do rei Aha, o primeiro dos oito soberanos dinásticos do Egito Antigo, ocorreu entre 3111 a.C. e 3045 a.C., e que cada reinado durou aproximadamente 32 anos - as duas estimativas tem 68% de probabilidade, ressalta o artigo.
 
Os primeiros faraós comandaram um território que se espalhou por uma área parecida ao Egito atual, com fronteiras com Aswan ao Sul, o Mar Mediterrâneo ao Norte e a atual Faixa de Gaza a Leste. Depois de Aha, o Egito foi governado por Djer, Djet, Merneith, Den, Anedjib, Semerkhet e Qa'a, respectivamente.
 
Os especialistas também indicam que o período pré-dinástico, momento em que as pessoas começaram a se assentar permanentemente às margens do rio Nilo e desenvolveram a agricultura, foi menor: ela ocorreu entre 3800 a.C. e 3700 a.C., e não em 4000 a.C. como pensavam até então. Isso significa, também, que o período neolítico que o precedeu durou mais tempo e terminou mais tarde
 
Egito revela porto com os 40 papiros mais antigos já encontrados
 
Uma equipe de arqueólogos descobriu no Egito um porto histórico no litoral do Mar Vermelho com os papiros mais antigos já encontrados até hoje, informou nesta quinta-feira (10) o Ministério de Estado para as Antiguidades em comunicado. O porto, que remonta à época do faraó Quéops, o segundo rei da 4ª dinastia que reinou há mais de 4.500 anos, fica na zona de Wadi al Gurf, a 180 quilômetros ao sul da cidade de Suez, no leste do Egito.
Nele, estão 40 papiros com hieróglifos que documentam a vida cotidiana dos egípcios, alguns datados do ano 27 do reinado de Quéops.
O ministro egípcio para as Antiguidades, Mohammed Ibrahim, explicou que esses textos incluem registros mensais com o número de trabalhadores no porto e oferecem detalhes sobre suas vidas. Os documentos foram levados ao Museu de Suez para que sejam estudados.
O arqueólogo francês Pierre Tallet, diretor da equipe francesa que ajudou nas escavações, acrescentou que nos papiros se reflete o estilo de vida dos cidadãos na antiguidade, seus direitos e suas obrigações.
O porto, aonde chegavam embarcações com bronze e metais procedentes da Península do Sinai, tem um píer onde foram descobertas várias âncoras de pedra.
Além disso, há restos de quartos nas quais se alojavam os trabalhadores do porto e 30 cavernas escavadas na rocha, junto a blocos de pedra empregados para fechá-las com o nome de Quéops escrito em tinta vermelha.
Também foram encontradas cordas de embarcações e ferramentas usadas para cortá-las.

 
 

 

 

Ruínas de Cesaréia, em Israel, mostram a imponência do Império Romano
 


Ruínas de Cesaréia, em Israel, mostram a imponência do Império Romano34 fotos

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Cesaréia possui edificações de diferentes eras, desde o período Helênico (século 3 a.C.) até o período das Cruzadas (século 12 d.C.) Leia mais Débora Costa e Silva/UOL
Na costa do Mar Mediterrâneo, entre Tel Aviv e Haifa, está um dos mais impressionantes sítios arqueológicos de Israel: o Parque Nacional de Antiguidades. Localizado na cidade de Cesaréia, o espaço abriga as ruínas do antigo palácio do rei Herodes, o Grande, construído no primeiro século a.C.. O nome Cesaréia (Caesarea) é uma homenagem ao imperador romano César Augusto.
O complexo arquitetônico compreende edificações de diferentes eras, desde o período Helênico (século 3 a.C.) até o período das Cruzadas (século 12 d.C.), mas foi durante o governo de Herodes (37 a 4 a. C.) que Cesaréia ganhou importância e se tornou o maior centro cultural greco-romano da região oriental do Império Romano.
As ruínas do parque mostram a imponência dos monumentos na época. O complexo abrigava um grande porto, ao lado de instalações para entretenimento, como o anfiteatro e o hipódromo.
De frente para o mar, o teatro tem milhares de lugares dispostos em uma estrutura semi-circular. Foi a primeira instalação romana cultural construída durante o reino de Herodes. O espaço foi restaurado e atualmente recebe apresentações musicais, com os antigos assentos sendo utilizados novamente.
Outra construção importante é o aqueduto, que fornecia o suprimento de água no local. Na época, já era considerado um projeto inovador, pois permitia que a água corresse das fontes até a cidade graças a ação da gravidade. Hoje, onde ficam suas ruínas, é comum ver turistas tomando sol e banho de mar.
O Parque de Antiguidades é um dos pontos turísticos mais visitados em Israel e é frequentado também por locais, que aproveitam as praias e os espaços públicos. Nas proximidades do antigo palácio há restaurantes, cafeterias, lojas e galerias de arte, que fornecem a estrutura para o visitante que quiser passar o dia por lá. 
Débora Costa e Silva/UOL
Hoje, onde ficam as ruínas do aqueduto, é comum ver turistas tomando sol e banho de mar

História
Entre os achados arqueológicos e históricos de Cesaréia está uma inscrição em pedra relativa a Pôncio Pilatos, o Procurador (governador) da Judéia entre os anos 26 e 36 d.C. – mais conhecido pela passagem em que delega ao povo a possibilidade de salvar ou não Jesus Cristo. A peça é importante por ser a única evidência arqueológica da existência desse personagem fora do Novo Testamento.
Cesaréia também foi cenário de um episódio bíblico. Foi ali que Simão Pedro compartilhou o evangelho com Cornélio, um centurião romano que se tornou o primeiro gentio, ou seja, um homem não-judeu a se converter ao cristianismo.
* A jornalista viajou a convite do Ministério do Turismo de Israel.


 

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    Descoberta a sinagoga de jesus e madalena
    Arqueólogos encontram as ruínas de um dos mais antigos templos de Israel na região em que viveram Cristo e uma de suas discípulas


    fotos: MENAHEM KAHANA/AFP; David Silverman /Getty
    A partir de ruínas, e somente de ruínas, imagine um amplo local de 120 metros quadrados, chão repleto de mosaicos, paredes cobertas por afrescos. Pense que, em seu interior, há compridos e sólidos bancos de pedra. Ao centro, visualize um outro bloco de pedra, esse adornado com diversos símbolos e dizeres em hebraico, como se fosse algo sagrado. Imagine, ainda, que todo esse espaço se trate de uma sinagoga da época que é historicamente chamada de Período do Segundo Templo de Jerusalém - local de culto e de orações no qual o povo judeu erigiu monumentos como marco de seu regresso a Jerusalém ao final do exílio na Babilônia. Esse exercício de imaginação pode aproximar, mentalmente, quem o fez daquilo que os arqueólogos descobriram na semana passada: "um dos mais raros e importantes tesouros para o conhecimento humano", nas palavras da pesquisadora e arqueóloga israelense Dina Avshalom-Gorni. "Trata-se de um achado único e excitante", diz ela.
    fotos: MENAHEM KAHANA/AFP; David Silverman /Getty
    INÉDITO Pedra com o desenho do menorá, o sagrado candelabro do judaísmo. Pela primeira vez essa imagem é descoberta fora de Jerusalém
    Numa estimativa com a qual concordam historiadores e teólogos, as ruínas do templo, agora localizado, datam do ano 50 a.C. ao ano 100 da Era Cristã. Mais: elas trazem fortes indícios arqueológicos e geográficos de ser parte de um templo que era frequentado por Jesus e Madalena - a prostituta que, segundo a tradição católica, ele salvou da lapidação e não julgou nem condenou. "Estou convicta de que localizamos a mais antiga das sete sinagogas construídas pelos judeus ao longo do Período do Segundo Templo", diz a pesquisadora Dina.
    As ruínas foram descobertas na cidade de Migdal, ao norte de Israel e às margens do Mar da Galileia. O seu nome provém do aramaico (Magdala). Esse local, segundo teólogos e historiadores, seria a terra natal de Madalena, tanto que é vastamente citado nas escrituras judaicas e nas cristãs. Também nas pesquisas e estudos sobre Maria, a mãe de Jesus, a região de Magdala surge diversas vezes como importante referência da trajetória de Cristo e daqueles que o seguiam. A cerca de sete quilômetros de Migdal - do ponto, portanto, em que foi descoberta a sinagoga - havia a cidade de Cafarnaum, onde Jesus teria se fixado por um determinado período de sua vida. Todas essas informações contribuem para que se concretize a hipótese de que o templo era frequentado por ele. Há um ponto especial: a parte superior da pedra encontrada ao centro do salão principal está talhada com ânforas (vasos antigos de origem grega) e menorá: candelabro de sete velas, símbolo do judaísmo e emblema nacional de Israel. De acordo com os pesquisadores, essa é a primeira vez que a imagem de um menorá é encontrada em escavações fora do território de Jerusalém. Para o cientista Shuka Dorfmann, diretor da Autoridade de Antiguidades de Israel, as ruínas dessa sinagoga "são de grande interesse para o mundo judaico" e "deverão ser estudadas com critério, já que tudo leva a crer que Jesus pisou aquele chão".
    fotos: MENAHEM KAHANA/AFP; David Silverman /Getty
    Como já aconteceu e segue ocorrendo na ciência, grandes avanços se dão muitas vezes por obra do acaso. Na verdade, chegou-se a essa sinagoga em meio às obras do projeto do Magdala Center, um mega-hotel que hospedará os peregrinos que visitam Jerusalém. O projeto entrou em pauta em 2004 para atender ao desejo do então papa João Paulo II, que idealizava o congraçamento das religiões na cidade de Migdal. Desenvolvido agora pela Autoridade de Antiguidades de Israel, tem o apoio de milhares de cristãos em todo o mundo e sua inauguração está programada para 2011. O Magdala Center contará com um departamento de multimídia para divulgar o cristianismo por meio de novas tecnologias. Também na semana passada, o governo israelense determinou que as escavações na área da sinagoga continuem e que todas as descobertas arqueológicas sejam incorporadas a tal projeto. "Eu sabia que a cidade de Migdal era um lugar santo e sempre tive o pressentimento de que seria um local especial para os peregrinos de diversas religiões. O templo descoberto é maior que nossa expectativa e espero que ele inspire o ecumenismo", diz Juan Maria Solana, diretor do Instituto Pontifício Notre Dame de Jerusalém.



  1. A Visão Profética Futurista
  2. Contradições do Preterismo
  3. O Jesuíta Preterista
  4. Quem sou…
  5. Uma estranha Doutrina

  6. Babilônia do Primeiro Século

      
    BottiglieriOs Preteristas são geralmente divididos entre duas referências históricas para a prostituta de Apocalipse 17 e 18: as antigas cidades de Jerusalém e Roma. Muitos vêem a identificação simbólica de Babilônia a Roma, uma designação comum na literatura da época e freqüentemente encontradas nos escritos inspirados e sem inspiração da igreja primitiva. O Apóstolo João da ênfase sobre a influência da prostituta no mundo, a imoralidade e a adoração ao imperador do primeiro século e as implicações morais da fornicação econômica com a prostituta.
    Em estudos recentes que apóiam a identificação da prostituta romana, a interpretação comercial ou econômica de Apocalipse 18 é visto como um apoio forte para este ponto de vista particular. João estava escrevendo para alertar os cristãos do primeiro século contra o envolvimento econômico com a prostituta, por causa da poluição espiritual que seria o resultado inevitável.
    A refutação comum desta hipótese é que a prostituição do qual João fala não é primariamente religiosa ou espiritual, mas sim econômica e política. Quanto ao contexto de Apocalipse 17 e 18, há aqueles que acreditam que a  imagem parece não ser da libertinagem religiosa, mas da prostituição de tudo o que é certo e nobre para os fins questionáveis de poder e luxo. Prova disso é derivado do vestido da prostituta de luxo no versículo quatro, a universalidade de sua influência corruptora, e de luto dos marinheiros e comerciantes, quando Roma cai e a sua prosperidade termina.
    A afirmação de que “os reis da terra se prostituíram” com ela (17:2) deve ser entendida metaforicamente no sentido de que Roma usurpou e perverteu o poder político de todas as suas províncias. Roma entrou em relações comerciais estratégicas com elas, as nações e suas províncias. Estas nações ganharam imensa riqueza por fazer negócios com Roma. No entanto, para entrar nesta relação econômica envolveu uma espécie de “fornicação”, uma devoção econômica, cultural e religiosa a Roma. Isso implicava necessariamente seguir seus costumes perversos e sua religião idólatra. Mas, enquanto João certamente coloca uma ênfase forte na comunhão sócio-econômico entre Roma e as nações, a idolatria não pode ser excluída como um dos elementos de relações ilícitas. Assim, “o porneia” – prostituição – de que esses reis eram culpados consistia em adquirir o favor de Roma, ao aceitar sua soberania e com ela seus vícios e idolatrias. Isto é simbolizado pelo acordo, em que todas as nações “têm bebido do vinho da sua prostituição” (17:2, 4; 18:3).
    A principal preocupação de João foi, assim, alertar a Igreja do primeiro século a fim de evitar as implicações espirituais de fazer negócios com a besta. João adequadamente resume o significado econômico da fornicação. Portanto, a Babilônia também é o sistema econômico predominante-religioso em aliança com o Estado e suas entidades relacionadas e existentes ao longo dos tempos. Claro, e como é de conhecimento geral que as prostitutas do mundo antigo ofereceram seus corpos em troca de pagamento de seus serviços sexuais, apenas reforça a natureza econômica da prostituta de Babilônia.
    Para entrar no negócio do mundo romano geralmente era necessária a participação no comércio e associações locais pagãs, onde na maioria dos quais, haviam divindades protetoras localizadas para fins de adoração religiosa, e que teriam que ser aceitas e respeitadas. Assim, a prostituição de que fala João se refere a uma troca mútua de benefícios e lealdades que delimitadas provinciais exigiam para os governantes imperiais. Enquanto a maioria dos povos do Oriente viram esta rede de relações recíprocas como positiva e útil, João condena como imoral, auto interesseira e idólatra. Já durante o reinado de Nero o fenômeno religioso e ideológico corroia como um câncer em todo o mundo romano.
    A prova de que João reúne profecias para depois da destruição de Jerusalém estabelece o contexto do primeiro século do livro do Apocalipse e destaca as lutas o povo de Deus, inevitavelmente confrontados vivendo no império romano. Por isso as cartas foram endereçadas a sete Igrejas dentro deste império, o que coloca os capítulos 2-3 da visão de João em um fundo atraente histórico e cultural romano.

    Jerusalém e Babilônia

        
    JerusalemTodo o caminho através das Escrituras Babilônia sempre significa Babilônia e Jerusalém sempre significa Jerusalém. Enquanto as Escrituras normalmente relaciona Jerusalém com o povo de Deus,  relaciona Babilônia com o mundo. Os detalhes de Apocalipse  17-18 assemelha-se pouco com a Jerusalém do primeiro século Por exemplo, Jerusalém não se sentava sobre muitas águas (17:15), ou mesmo reinava sobre os reis da terra, e nem ainda assemelhava-se a uma potência econômica (18).
    Além disso, embora a descrição da prostituta parece comunicar o seu grande envolvimento com a idolatria (adultério espiritual, coisas impuras e abominações), esta não é uma descrição da Jerusalém do primeiro século, à luz do fato de que a cidade daquela época era estritamente monoteísta. A condição dos judeus em 70 dC, não pode ser a que foi descrita em Apocalipse 9:20, onde fala daqueles que foram feridos pela explosão de sexta trombeta; alguns dos quais foram mortos, e alguns poupados, não poderiam ter sido judeus, pois o texto diz que estes estavam envolvidos com idolatria,
    E os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se arrependeram das obras de suas mãos, para não adorarem os demônios, e os ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar”.
    Não seria possível aplicar essa passagem aos judeus, pois eles não eram idólatras. Não podemos jamais aplicar à Jerusalém de 70 dC um contexto que a acusa de fabricar ídolos de outro, de prata e de bronze.
    É extremamente importante para o correto entendimento de quem é essa prostituta e considerar todos os elementos que a caracterizam. Esta “Babilônia, a mãe das meretrizes” é descrita em Apocalipse 18:17 como uma cidade marítima envolvida no comércio com navios. Apocalipse 17:1 anteriormente descreveu-a como estando assentada sobre muitas águas. Não há nenhuma maneira de ser uma descrição de Jerusalém se juntamos o que é apenas símbolos.  Jerusalém se localizava no  deserto, a quarenta milhas do porto de  Jope. Os símbolos em Apocalipse insistem em identificar essa metrópole até quando menciona o rio Eufrates, que é ligado a Babilônia original, mas não a Jerusalém.
    Não se espera que Jerusalém, que foi destruída pelos romanos em 70 dC, poderia ser a mesma metrópole vista em Apocalipse, pois o texto diz que a mulher, a grande cidade, reina (está reinando) sobre os reis da terra. Os judeus e Israel certamente não reinavam sobre os reis da terra nesse tempo. Roma e os reis da terra não estavam sujeitos aos judeus e a cidade santa. Muito pelo contrário, os judeus e sua cidade foram alvos de Roma e seu Imperador, o rei da terra habitada.
    Além disso tudo, como poderia ser Jerusalém considerada a “mãe das meretrizes” ou a fonte de toda prostituição quando a prostituição existiu (Gen. 11:1-9) muito antes de a cidade de Jerusalém ter existido?
     Há uma série de motivos que não fazem de Jerusalém a prostituta de Apocalipse 17.
    a) A prostituta também é chamada Babilônia. Apocalipse 17 e 18 é sobre a destruição da Babilônia. Este é o cumprimento final das previsões feitas em Isaías 13 e 14 e Jeremias 50 e 51. Nesses capítulos Israel e Jerusalém são contrastadas com a Babilônia e os caldeus. Observem que Jerusalém é citada separada de Babilônia. Essas passagens preveem a derrota de Babilônia e a vindicação de Israel e Jerusalém. Aqueles que ensinam que a prostituta em Apocalipse 17, que é identificada com Babilônia (Apocalipse 17:5), deve ser entendida como sendo Jerusalém, devem explicar como é que a Palavra Sagrada de Deus, a qual Jesus disse que não pode ser quebrada (João 10:35) passa a ter seu significado inicial totalmente revertido em cumprimento [futuro] e ainda qualificar-se como verdade!
    Como é aceitável por Deus para profetizar a destruição de uma cidade, mas, em seguida, “cumprir” a profecia, milhares de anos mais tarde, destruindo uma cidade completamente diferente?
    b) Outra figura importante, que prova não ser Jerusalém a Grande Meretriz, é que o rio Eufrates está associado com os eventos que ocorrem no Livro do Apocalipse (Ap 9:14; 16:12). O Eufrates é associado com a Babilônia literal, não com Jerusalém. Lembre-se que isso são figuras que ajudam na identificação da cidade que reina sobre os reis da terra.
    c) A prostituta de Apocalipse 17 “se assenta sobre muitas águas”, que representam “povos, multidões, nações e línguas”. Isso aponta para a sua influência global, que muito mais naturalmente implica Babilônia, exemplificada originalmente em Babel, o primeiro reino do homem e do lugar onde a rebelião e as heresias foram espalhadas pela terra através da confusão das línguas.
    Dela é dito ser a “Mãe das prostituições e das abominações da Terra”. Isto fala de seu papel como a criadora da prostituição e das abominações da terra. Isto, muito mais naturalmente, se aplica a Babilônia (na forma de Babel, do reino de Ninrod, Gen. 10, 11) do que o infiel Israel/Jerusalém, que gerou suas prostituições de outro lugar. Ezequiel constata que ela se originou no Egito (Ez 23:8, 27).
    Ali está escrito:
    “E as suas prostituições, que trouxe do Egito, não as deixou; porque com ela se deitaram na sua mocidade, e eles apalparam os seios da sua virgindade, e derramaram sobre ela a sua impudicícia”.
    Ezequiel também aponta para os heteus, amorreus, como tendo sido uma fonte de prostituição de Israel; Ez 16:3, 44-45
    Em outra parte, Ezequiel identifica aqueles que cometem prostituição com o Israel infiel como tendo tido seu nascimento na Babilônia:
    “E aumentou as suas impudicícias, porque viu homens pintados na parede, imagens dos caldeus, pintadas de vermelho; Cingidos de cinto nos seus lombos, e tiaras largas e tingidas nas suas cabeças, todos com parecer de príncipes, semelhantes aos filhos de Babilônia em Caldéia, terra do seu nascimento”. Ez 23:14-15
    Os textos mostram claramente que Babilônia e não Jerusalém foi a fonte da infecção que prostituiu os povos. A prostituição partiu de uma influência anterior – a mãe – Babilônia!
    Na meretriz de Apocalipse é encontrado “o sangue dos profetas e santos, e de todos os que foram mortos na terra”. Embora os judeus apóstatas contribuíssem para esse derramamento de sangue (Mat 23:34-39), essa fala de incrédulos fariseus em Jerusalém nos dias de Jesus, como agentes que participam na influência histórica da prostituta. Por outro lado, o abate dos santos pós século um já ultrapassou em muito os do tempo até Jesus, tanto em número como em alcance global.
    Isto pode ser visto na multidão de mártires cristãos que pereceram desde então em países e sob regimes completamente desconectado de Israel e Jerusalém, incluindo movimentos islâmicos e as nações da Ásia e da África, que são responsáveis por muitos mártires cristãos em nossos dias, sem mencionar a Roma do passado.
    Se a destruição final da Babilônia, a meretriz, é o futuro – e há muitas razões que indicam isso -, então ela também deve dar conta do sangue de todos os justos, derramado desde a época de Jesus, e de todo o mundo.
    Babilônia conseguiu camuflar-se entre as nações, usando delas com sua fúria, poder herético e assassino, tão somente para perpetuar seu domínio. Um tiro que saiu pela culatra, pois fez com que a profecia contra ela mesma se cumpra: Ela vai ser capturada!
    Simplesmente não é possível colocar isso em pé de igualdade com Jerusalém. A responsabilidade é global, tendo em conta que está completamente de acordo com a ideia de que a prostituta é a Babilônia, o ponto culminante da rebelião, que começou inicialmente na antiga Babel. Restringindo a prostituta a Jerusalém ou ao judaísmo, fica simplesmente demasiado estreito, pequeno, dado ao escopo global do livro do Apocalipse.
    Cortando Caminho pelo Eufrates
    Há deficiências graves no ensinamento preterista e as questões sem resposta já ultrapassaram os limites da sabedoria e bom senso. Apocalipse 16:12-16 descreve como a Batalha do Armagedom começara (ou como ela supostamente teve início).
    “E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do oriente. E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso…  E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom”.
    Aqui está mais uma pergunta: Quem conquistou Jerusalém em cumprimento desta profecia e de onde eles vieram? A posição preterista ensina que esta profecia se cumpriu no ano 70 quando o general romano Tito e seu exército conquistaram Jerusalém.
    Mas Roma  fica praticamente a Leste de Jerusalém, e na profecia (Ap 16:12) diz que o Eufrates secou-se de modo que os reis do Oriente tivessem acesso para fazer  guerra contra Jerusalém no Armagedom. Ora, o Eufrates é citado para apontar diretamente na cabeça de Babilônia e não de Jerusalém, pois o Rio está ligado a Babilônia original. A simbologia que usa o Eufrates como figura quer esclarecer exatamente de quem se trata: Jerusalém não representa Babilônia.

    Babilônia e o Sangue dos Apóstolos

    Postado em Atualizado em

    Lucas 11:49-51 “… Por isso diz também a sabedoria de Deus: Profetas e apóstolos lhes mandarei; e eles matarão uns, e perseguirão outros; Para que desta geração seja requerido  o sangue   de    todos    os profetas que,  desde a fundação   do   mundo,    foi derramado;  Desde o sangue de Abel, até ao sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o templo; assim, vos digo, será requerido desta geração…”. 
    Aqui o Senhor Jesus sentencia “Jerusalém” a uma pena terrível quando joga sobre seus ombros toda a responsabilidade pelas mortes dos profetas do Antigo Testamento.
    No entanto, fica uma lacuna, pois se comparamos esta palavra com outra sentença em Apocalipse que descreve a queda de Babilônia descobrimos algo curioso. Observamos no texto, que Deus exige de Babilônia o sangue dos profetas, o sangue das testemunhas de Jesus e o sangue DOS APÓSTOLOS. Podemos inferir pelo contexto de Lucas que os Apóstolos foram perseguidos por Jerusalém, mas não mortos por ela. Note abaixo que a profecia em Apocalipse incluiu Apóstolos e testemunhas de Jesus.
    Apocalipse 18
    20  Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela.
    24   E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos [Apóstolos], e de todos os que foram mortos na terra.
    Apocalipse 17
    6   E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos [Apóstolos], e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.
    Além disso, Jerusalém jamais poderia ser responsável pelos milhões de cristãos que foram martirizados depois de sua destruição. E aqui entra mais uma questão crucial que precisa ser respondida pelo preterismo: Por que a sentença muda em Apocalipse quando responsabiliza Babilônia pelo sangue de todos que foram mortos sobre a terra, omitindo a expressão “desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias”, se o julgamento é mesmo sobre a Jerusalém de 70 dC?
    Lucas escreveu seu Evangelho por volta de 60; uma vez que a conclusão de Atos mostra Paulo em Roma, sabemos que o Evangelho de Lucas foi escrito antes disso (Atos 1:1). Por outro lado, se Lucas tivesse escrito seu Evangelho depois de 70 dC, certamente falaria sobre a destruição de Jerusalém.  Portanto, se seguimos a cronologia preterista, João ja estava em Pátmos se preparando para escrever sobre as visões do Apocalipse ao mesmo tempo em que Lucas redigia o Evangelho. Se fosse mesmo verdade que os dois escritores estavam tão perto um do outro na escrita, por que em Apocalipse João não repete a sentença, “a vingança pelo sangue de Abel até Zacarias“, mas ali fala de Apóstolos e testemunhas de Jesus? Testemunhas de Jesus e apóstolos só poderiam ter sido martirizados depois da morte do Senhor. O que temos aqui é muito sério, e nos estimula à uma pergunta importante:  Quantas testemunhas do Senhor Jesus e Apóstolos morreram antes de 70 dC ao ponto de Apocalipse conclamar que se alegrem pela vingança de seu sangue? Por que este estardalhaço todo para vingar uma dúzia de testemunhas do Senhor e menos de três Apóstolos?
    O que o preterismo propóe é conraditório, pois eles colocam João em Patmos escrevendo Apocalipse 18 antes da destruição de Jerusalém, época em que pouquíssimas testemunhas de Jesus haviam sido martirizadas. E como sabemos também, a maioria dos Apóstolos do Senhor só vieram a morrer  muitos anos depois da queda  da Cidade Santa.
    E mesmo que fique provado que o Apóstolo Paulo foi executado em 67, que Pedro morreu no mesmo ano, sabemos que não poderíamos de forma alguma responsabilizar Jerusalém por suas mortes. Sendo assim, só temos “dois Apóstolos” martirizados dentro de Jerusalém até 70 dC e apenas um registro bíblico (Atos 12:1, 2): Tiago, irmão de João, que foi assassinado por ordem de Herodes, um rei nomeado por Roma, também criado e educado em Roma – Marcus Julius Agrippa, assim chamado em homenagem ao estadista romano Marcus Vipsanius Agripa, e  Tiago, irmão de Jesus, que apesar de não fazer parte dos doze, também foi chamado de Apóstolo. Os registros sobre a morte de Tiago podem ser encontrados fora das Escrituras.
    Jerusalém e o sangue dos Apóstolos
    Observem que no contexto de Apocalipse 18, Deus conclama     muitos a se alegrarem com a derrocada dessa babel, e entre eles achamos dois tipos de mártires; isso nos traz uma revelação surpreendente, pois dentre os que devem se alegrar com a queda de Babilônia estão: “As testemunhas de Jesus e os Apóstolos”. Aqui e dito que eles se alegrem por terem seu sangue vingado. O que nos chama a atenção é: Podemos responsabilizar mesmo Jerusalém pelo martírio dos Apóstolos e das testemunhas de Jesus?
    Leia novamente os textos
    Apocalipse 18
    20 Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela.
    24 E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra. 
    Apocalipse 16
    6 Visto como derramaram o sangue dos santos [Apóstolos] e dos profetas, também tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores. 
    Apocalipse 17
    7 E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos [Apóstolos], e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.
    O contexto mostra também profetas. Por mais esse motivo o preterismo afirma que Babilônia deve se referir a Jerusalém, porque só Jerusalém matou profetas do Antigo Testamento, e “profetas do Apocalipse deve referir-se profetas do Antigo Testamento”. Os textos citados acima nos dizem que Babilônia estava embriagada com o sangue dos profetas. Este é um ponto crítico! O termo “os profetas” aparece 88 vezes no Novo Testamento. Para muitos, o uso predominantemente normal do termo refere-se a profetas do Antigo Testamento apenas, o que não é verdade.
    Apocalipse 18:20, evidentemente, refere-se apóstolos do Novo Testamento. E os profetas?  Podemos ler: “Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela“. O outro texto fala das testemunhas de Jesus, o que só pode ser aplicado para testemunhas da era do Novo Concerto.  Então, para discutir se estes são apenas os profetas do Antigo Pacto é bastante duvidoso.
    A palavra Apóstolo aqui é comumente limitada aos 12. Não há impropriedade, no entanto, em supor que os apóstolos são referidos aqui,  uma vez que eles teriam a oportunidade de se alegrar que o grande obstáculo para o reino do Redentor foi agora retirado, e que quem causou suas mortes e sofrimento estava agora sendo julgada.
    Testemunhas de Jesus, santos  apóstolos e profetas”, fazem  três tipos distintos de pessoas, que consiste  a Igreja, sendo que a expressão santos pode também ser aplicada aos membros privados das  igrejas. Babilônia aqui persegue a Igreja do Senhor e por essa perseguição ela será cobrada.
    Difícil identificar a Babilônia de Apocalipse com Jerusalém. Primeiro, Jerusalém não se encaixa com a descrição em Apocalipse capítulo 17, como a cidade sobre sete colinas.   Além disso, Jerusalém não saiu do Império Romano, mas o chifre pequeno de Daniel (que deve ser identificado com a Babilônia do Apocalipse) saiu do Império Romano. Mas esse é assunto para outro tópico… 
    Depois da Destruição de Jerusalém
    Milhões de cristãos foram mortos durante séculos após a destruição de Jerusalém – até um ateu, criança ou mobralista sabe desse fato. Portanto, Jerusalém não pode ser responsável por estes mártires. Sendo assim, o sangue destes só pode ser requerido de outro.  Por isso existe uma diferença no julgamento da grande Babilônia de Apocalipse 18: Ela passa a ser responsável por todas as mortes que ocorreram na terra. Por esse motivo, Jerusalém/Israel não pode ser responsabilizado pelos mártires exterminados após sua queda em 70 dC, pois a nação estava destruída, e em breve seria espalhada por sobre a terra, sem poder militar, eclesiástico e politico.
    É desta, que tomou o lugar de Jerusalém e da Babilônia antiga, que Deus cobra pelo sangue de “… todos os que foram mortos na terra” (Apo 18:24).
    A responsabilidade sobre “todos que foram mortos sobre a terra”, refere-se a seus conselhos e influência, quando envolve outras nações e povos para perseguir e destruir os verdadeiros seguidores de Deus. Todos que  foram mortos sobre a terra: não só daqueles que foram mortos na cidade de Roma, mas  todos aqueles que foram mortos por todo o império,  sendo mortos por sua ordem, ou com seu consentimento.
    Não há cidade atualmente que possamos aplicar este título a não ser a Roma Católica. A culpa do sangue derramado sob os imperadores pagãos não foi removido sob os Papas, mas extremamente multiplicado. Nem é Roma apenas responsável por aquilo que tem sido derramado na cidade, mas pelo que  derramou em toda a terra. Em Roma  sob o papa, bem como antes, sob os imperadores pagãos,  ordens foram dadas, sangrentas e editais,  para que:  o sangue de homens santos seja derramado, enquanto havia grande alegria para ela. E que quantidade imensa de sangue foi derramado por seus agentes!
    Charles IX, da França, em sua carta a Gregório XIII., Orgulha-se, que em pouco tempo e após o massacre de Paris, ele tinha destruído setenta mil Huguenotes. Alguns têm calculado que, a partir do ano 1518 até 1548, quinze milhões de protestantes morreram pela Inquisição. A estes podemos acrescentar inúmeros mártires, em tempos antigos, meio e fim, na Boêmia, Alemanha, Holanda, França, Inglaterra, Irlanda, e muitas outras partes da Europa, África e Ásia.
    O massacre de santos continuou com a Roma pagã e não cessou depois que ela ruiu. Até um incrédulo aprende na escola qual foi a nação que reinou sobre os reis da terra e continuou reinando enquanto Jerusalém/Israel andava errante entre outros povos sem influência aliada nenhuma.
    O que Deus faz, na verdade, é lançar a culpa sobre essa Babel pelo sangue de TODOS que foram mortos por sua fé, o que deve significar que sobre ela recai o sangue de todos os mártires em todos os tempos. Isso porque ela é uma extensão da Babel original. Assim, Deus faz cair sobre ela a responsabilidade por todos os martírios ocorridos desde os tempos passados até o dia de seu julgamento. Se a sentença é dada para o tempo do fim, então ela tem mesmo que ser responsável por todos os cristãos que foram eliminados em todos os tempos.
    Sabemos que Apocalipse superlota os tempos de profecias sobre as tribulações que viveu o povo de Deus nas mãos do império Romano, e que podem ser extraídas para cumprimento real, mesmo se o preterismo católico romano declare a aberrante heresia de que os capítulos de 1 a 19 de Apocalipse tiveram cumprimento em 70 dC.
    Ela, a Babilônia, é vista embriagada com o sangue dos mártires.
    E eu vi a mulher embriagada com o sangue dos santos, e com o sangue dos mártires de Jesus: e quando eu a vi admirei-me com grande admiração.” (17 v6)
    Isto é uma profecia, e Jerusalém já estava destruída nessa época. Por isso Deus não pode requerer o sangue dos milhões que foram mortos após a destruição de Jerusalém da própria Jerusalém!
    Os que sofreram o martírio do mundo todo depois da queda da Cidade Santa foram em números elevadíssimos comparados aos santos de Abel até Zacarias. O massacre de cristãos foi tão vasto após a destruição de Jerusalém que os cálculos se perdem em milhões de pessoas. E dessa Babel que João fala, e ela não pode ser Jerusalém. Por isso em Apocalipse 18 ela é sentenciada por muitas coisas, sendo que uma delas é sangue, sangue humano,
    Apo 18
    24 E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra.
    Tudo nos leva a crer que essa foi uma palavra que será cumprida num tempo de julgamento final: O ACERTO DE CONTAS. Se o texto inclui todos os que foram mortos sobre a terra, entre eles Apóstolos e testemunhas de Jesus, então fica implícito que chegava ao fim a era dos mártires e a hora de cobrar o sangue destes. Fica evidente que é chegado o dia do acerto de contas, feito um capítulo antes da vinda de Jesus registrada em Apocalipse 19. Esse é o momento do julgamento dessa Babilônia, quando Deus lhe cobra por todos aqueles que foram martirizados por sua fé.
    Fica extremamente ridículo afirmar quem em 70 dC houve vingança pelo sangue dos Apóstolos e pelo sangue das testemunhas de Jesus, o que supostamente teria ocorrido trinta e cinco anos apenas após a morte do Senhor, quando não havia tantos registros de mártires do Novo Testamento, sabendo também que a maioria dos Apóstolos atravessou a década de 70 ainda com vida.
    O contexto aqui revela um julgamento final de Babilônia, o que não pode ter ocorrido em 70 dC. Sabemos com certeza que a maior parte  dos Apóstolos (e aqui provavelmente fala do grupo que Jesus escolheu, pois eles são especialmente citados separados das testemunhas de Jesus e dos profetas)  morreu depois da destruição de Jerusalém. Portanto, não há como ela ser responsável por ter eliminado Apóstolos e testemunhas do Senhor.
    Jerusalém não pode ser responsabilizada pelos milhares de cristãos jogados para as feras nas arenas romanas. Não se pode responsabilizar Jerusalém pelas tochas humanas que clareavam as ruas nas adjacências de Roma… E muito menos podemos responsabilizar Jerusalém pela INQUISIÇÃO!
    O contexto de Apocalipse 18 revela como Deus toma vingança contra aqueles que mataram seus profetas e apóstolos e até mesmo o seu bendito Filho. Finalmente, todos aqueles martirizados por estes devem ser vingados. O momento tão esperado de retribuição e vingança pelo qual todos os redimidos esperavam, chegou…
    Estas fotografias nos últimos versos do capítulo 18 de Apocalipse mostram, a partir de dentro, o resultado do colapso no sistema babilônico. A sua total destruição é mostrada pela repetição de várias frases como, “não será jamais achada”, “não se ouvirá mais” e “não se achará mais”. A pedra lançada ao mar retrata a violência e a permanência da destruição. O sistema babilônico começou em Gênesis 10, e continuou sem interrupção, de uma forma ou de outra, até os dias de hoje. Mas um dia ele vai de repente “afundar”, para nunca mais voltar.

    O Destino de duas Cidades

    Postado em Atualizado em
    Na visão profética de João, “Babilônia” é  destruída por um incêndio. Apocalipse 18:8,17,18, diz, “Portanto, num dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo; porque é forte o Senhor Deus que a julga”E todo o piloto, e todo o que navega em naus, e todo o marinheiro, e todos os que negociam no mar se puseram de longeE, vendo a fumaça do seu incêndio, clamaram, dizendo: Que cidade é semelhante a esta grande cidade?…”
    Os preteristas alegam que Jerusalém foi um centro de intercâmbio comercial, e que a  profecia revela como ela foi completamente destruída por um incêndio em 70 dC. Acrescentam também que a queima de Jerusalém pelo fogo tinha significado teológico.
    Acreditam eles que Jerusalém é a Grande Babilônia de Apocalipse 18, tendo sua queda descrita neste capítulo. Entendem que aqui está o registro do  julgamento de Deus advindo através do exercito romano em 70 dC:
    Apoc 18:1,21 Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e coito de todo espírito imundo, e coito de toda ave imunda e odiável… E um forte anjo levantou uma pedra como uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada Babilônia, aquela grande cidade, e não será jamais achada.
    Se a hipótese de Babilônia­/Jerusalém estivesse correta, então Jerusalém nunca seria reconstruída novamente, como afirma o final do verso 21. Portanto, essa não pode ser uma descrição de Jerusalém, pois a Escritura fala repetidamente do retorno desta cidade à proeminência durante o reino milenar (Isaías 2:3; Zc 14:16; Apoc 20:9).
    Além disso, segundo eles, a  cidade de Jerusalém é muitas vezes referida como uma filha, e se apoiam em referencias no Velho Testamento para encaixar Jerusalém nesta profecia de Apocalipse.
    Lamentações 2:15           Todos os que passam pelo caminho batem palmas, assobiam e meneiam as suas cabeças sobre a filha de Jerusalém, dizendo: É esta a cidade que denominavam: perfeita em formosura, gozo de toda a terra?
    16           Todos os teus inimigos abrem as suas bocas contra ti, assobiam, e rangem os dentes; dizem: Devoramo-la; certamente este é o dia que esperávamos; achamo-lo, vimo-lo.
    17           Fez o Senhor o que intentou; cumpriu a sua palavra, que ordenou desde os dias da antiguidade; derrubou, e não se apiedou; fez que o inimigo se alegrasse por tua causa, exaltou o poder dos teus adversários.
    18           O coração deles clamou ao Senhor: Ó muralha da filha de Sião, corram as tuas lágrimas como um ribeiro, de dia e de noite; não te dês descanso, nem parem as meninas de teus olhos.
    A infidelidade a Deus é frequentemente comparada à imoralidade sexual. A pena para a prostituição pela filha do sumo sacerdote apelou para uma punição especial, era para ser queimada até a morte.
    Levítico 21:9       E quando a filha de um sacerdote começar a prostituir-se, profana a seu pai; com fogo será queimada
    O preteristas chegaram a conclusão que  quando foi oferecida a Jerusalém a graça de receber o Messias, tendo ele sido rejeitado,  ela inevitavelmente entrou na profecia como  “a prostituta  Babilônia”, que é posteriormente queimada até a morte. Entretando, há um problema com essa comparação absurda; Jerusalém  realmente é identificada como a prostituta de Ezequiel 16, mas neste caso, Jerusalém é perdoada e restaurada no final do capítulo (versículos 60-62). Isto entra em contradição com a Grande Meretriz de Apocalipse 17-18, da qual se diz: “E um forte anjo levantou uma pedra como uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada Babilônia, aquela grande cidade, e não será jamais achada.” (Apocalipse 18:21).
    Observem o seguinte: Em Isaías 1:21-26 diz que Jerusalém era fiel no começo (1:21), então se tornou uma prostituta (mesmo verso) e, em seguida, no final está curada, perdoada e restaurada (1:26).
    Em Jeremias 2:13 – 3:25, Israel já foi fiel (2:17), em seguida, virou-se para prostituição (2:20) como uma esposa que parte de seu marido (3:20), mas está prometida a recuperação no final, se ela se arrepender (3:14-18).
    Em Ezequiel 16, Deus entrou em pacto com Jerusalém (16:8), mas Jerusalém se prostituiu (16:15), mas  é finalmente restaurada por causa da Aliança (16:60-62).
    Em Oséias 2, falando da casa de Israel,  que era uma vez fiel (2:14-15),  então se prostituiu (2:5), mas que será restaurada no final (2: 19-23).
    Este são contextos que falam da Cidade Santa,  contrário do que encontramos quando a referência é aplicada a outras cidades. Tiro, por exemplo,  é retratada como prostituta em  Isaías 23; nada é dito sobre Tiro  ter sido uma esposa fiel. Para começar, e podemos aprender com Ezequiel 26:21, quando Tiro é destruída, não existirá jamais: “Farei de ti um grande espanto, e não mais existirás; e quando te buscarem então nunca mais serás achada para sempre, diz o Senhor Deus.“. Naum não disse  que a prostituta Nínive havia sido fiel a Deus, e Naum 2:13 diz que se ela for  destruída, Nínive não será jamais restaurada.
    Embora em Jeremias 50-51 Babilônia não é explicitamente chamada de prostituta, esta é a passagem do Velho Testamento que tem mais em comum com o Apocalipse 17-18. A Babilônia de Jeremias 50-51, Tiro de Isaías 23 e Ezequiel 27, Nínive de Naum, e Babilônia de Apocalipse 17-18,  têm uma coisa em comum: todos eles vão ser destruídos e não restauradas jamais (Jeremias 51:64).
    Não existe salvação ou resgate para a prostituta, ela será destruída juntamente com a besta e o falso profeta. Observem a união em detalhes de quatro versículos em Apocalipse 18:16,21-23 “…  Ai! ai daquela grande babilônia, aquela forte cidade! pois numa hora veio o seu juízo…  Babilônia, aquela grande cidade, e não será jamais achada… porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias
    Jerusalém não pode entrar nesse texto como  uma FORTE cidade pelo fato de sempre ter sido invadida por outros povos em toda sua História. Jerusalém jamais esteve montada na besta do poder romano (17:3; cf. 13:1-8): Jerusalém foi dominada pelos romanos no tempo dessa profecia. No entanto, com relação a prostituta, a Bíblia diz que ela estava assentada sobre muitas águas (17:1): Seu poder vinha dos povos dominados. Com ela se prostituíram os reis da terra (17:2): Roma dominava os reis de muitos países na época da escrita do Apocalipse; uma descrição da Babilônia antiga (Jeremias 51:7);
    Apocalipse fala sobre o vinho (doutrina) de sua devassidão (17:2). Ao mesmo tempo Roma foi  conhecida por sua imoralidade e excessos;
    Vestida de púrpura, escarlate, ouro, pedras preciosas, etc. (17:4; 18:16): Luxo, nobreza, sedução; os soldados da Babilônia antiga também se vestiam de escarlata (Naum 2:3);
    Cálice de abominações e imundícias (17:5): Babilônia foi o cálice que fez as nações enlouquecerem (Jeremias 51:7);
    Embriagada com o sangue dos santos e das testemunhas de Jesus (17:6; 18:20, 24): Roma (Império Romano, a possível besta) perseguia os cristãos, especialmente nos reinados de Nero e Domiciano.
    A mulher é a grande cidade que domina sobre os reis da terra (17:18): Roma no ano 100 (O ano em que o Apocalipse foi escrito) era a Capital do Mundo. Roma dominava os reis da terra na época de João.
    Destruição interna (17:16-17): História do declínio de Roma (cf. Daniel 2:42-43).
    A sentença para a Babilônia de Apocalipse é destruição sem restauração, como vimos nos versículos acima. Porém, o mais importante é atentar para a leitura de alguns textos da carta de Paulo aos romanos com relação ao povo incrédulo de Israel.
    Observem a promessa em Romanos capítulo 11:
    23 E também eles (Israel), se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar. 
    24 Porque, se tu foste cortado do natural zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses, que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira!
    25 Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado.
    26 E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades. Romanos 11
    Uma vez que Jerusalém será restaurada após um período de rebelião, mas Mistério Babilônia não será restaurada jamais, conclui-se que a Babilônia de Apocalipse 18 não pode ser Jerusalém.
    Disciplina nacional ao invés de separação é também o tema do livro do Apocalipse, que conclui com um retrato do estado restaurado de Israel (Ap 20:9).  Há pouca dúvida de que esta “Cidade amada”, que será destaque no milênio é Jerusalém. O Antigo Testamento muitas vezes descreve Jerusalém da mesma maneira (Sl 78:68; 87:2; Jer 12:7) e também prevê seu futuro retorno para a glória (Isa 2:2-4; Zac 14:17).
    Israel será novamente líder entre as nações. Assim, longe de ser um livro sobre a separação de Israel, o Apocalipse é realmente sobre a eventual restauração de Israel. Portanto, Apocalipse 18 jamais poderia fazer referência a queda de Jerusalém, pois ali é dito que a Grande Cidade, Babilônia, cai, para nunca mais ser reerguida. Por outro lado a profecia de Apocalipse 18 ainda não recebeu cumprimento.
    DETALHES BOMBÁSTICOS contra a tese preterista
    Em sua queda definitiva, Babilônia/Jerusalém – como desejam os preteristas -, no capítulo 18 de Apocalipse, se “tornou morada de demônios, e coito de todo espírito imundo, e coito de toda ave imunda e odiável”, mas dois capítulos depois de ser totalmente devastada, aparece protegida por Deus e sendo amada por Ele.
    Apoc 20:9 E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo do céu, e os devorou.
    Os preteristas garantem que o Apóstolo João registra suas visões testificando sobre os infortúnios que viriam sobre a Babilônia/Jerusalém, denominando-a de mãe das prostituições e abominações da terra,  de prostituta, de iníqua, de que irá beber do cálice da ira do Deus vivo, de morada de demônios, de covil de todos os espíritos imundos, de esconderijo de toda ave imunda e ODIÁVEL, mas não conseguem explicar porque ela em seguida, mesmo depois de devastada totalmente, ainda é chamada de “… a cidade amada…”, Apoc 20:9.
    Essa escola doutrinária absurda afirma que Deus julgou Jerusalém no capítulo 18 de Apocalipse, e que,  através da escrita de João, Deus passa os primeiros 18 capítulos de seu livro detonando com a Babilônia (“Jerusalém”) destruindo-a para que ela nunca mais se levante novamente, mas logo depois do capítulo 19, lá está outra vez Jerusalém sendo acolhida e protegida por Deus como cidade AMADA. Alguém poderia encontrar contradição mais medonha do que esta?
    Mas não é só isso; Deus ainda escolhe esta mesma “Babilônia – Jerusalém” como o nome da cidade que iria descer dos céus:
    “… E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido” – Ap.21,2.
    O MAPA DE DEUS NA ESTRADA PROFÉTICA
    Deuteronômio fornece um mapa profético que cobre toda a história, desde quando Israel começou a caminhar pela estrada, cerca de 3400 anos atrás; O Senhor deu um esboço da sua história inteira através de seu porta-voz, Moisés. Deuteronômio é esta revelação, e é como um roteiro para onde a história é dirigida antes da viagem entrar em curso; e deve-se acrescentar que os diferentes segmentos da viagem histórica foram atualizados com mais detalhes a serem adicionados ao longo do caminho.
    No processo de exortação de Moisés para a nação de Israel, ele dá em Deuteronômio 4:25-31, um esboço do que vai acontecer com essa nação eleita, depois de cruzar o rio Jordão e se estabelecer na terra prometida.
    Um resumo destes eventos:
    1) Israel e seus descendentes permaneceriam muito tempo na terra.
    2) Israel agiria de forma corrupta e escorregaria em idolatria.
    3) Israel seria expulso da terra.
    4) O Senhor os espalharia entre as nações.
    5) Israel seria entregue à idolatria durante suas andanças.
    6) Embora dispersos entre as nações, Israel  há de   procurar e encontrar o Senhor quando Ele  procurar de todo o seu coração.
    7) Viria um tempo de tribulação  a ocorrer nos últimos dias, período em que eles iriam voltar para o Senhor
    8) “Porque o Senhor vosso Deus é um Deus compassivo, Ele não te deixará nem te destruirá, nem se esquecerá da aliança com vossos pais, que jurou a eles” (Deuteronômio 4:31).
    Se os cinco primeiros eventos têm acontecido com Israel e nenhum intérprete evangélico poderia negar tais fatos, então fica claro no texto que os eventos finais ocorrerão também para a mesma nação da mesma forma como os eventos anteriores. Isto é mais claro no contexto, pois a Bíblia não “muda de cavalo no meio do caminho”, para que de repente, Israel, que recebeu as maldições, caia fora da imagem e a Igreja assume e recebe as bênçãos. A Bíblia nada ensina que Deus abandonou Israel (cf. Rom. 11:1).
    Qualquer leitor do texto terá que admitir que a mesma identidade é conhecida em todo o conjunto do texto em análise. Se for verdade que o mesmo se destina Israel ao longo do texto, então os três últimos eventos ainda têm de ser cumpridos por Israel da mesma forma histórica em que os cinco primeiros eventos são reconhecidos por todos como tendo ocorrido. Assim, uma realização dos três eventos finais na vida de Israel terá de acontecer no futuro.
    Esta passagem em Deuteronômio conclama um retorno do Senhor depois da Tribulação dos tempos finais, e não um julgamento em 70 dC. Isto significa que uma visão futurista da profecia é suportada a partir desta passagem no início e durante todo o resto das Escrituras.
    Tão significativo como Deuteronômio quatro está em estabelecer a história profética do povo eleito de Deus, uma narrativa expandida da história futura de Israel é fornecido também em Deuteronômio capítulos 28-32 e partes do 26. Aqui é onde vemos realmente surgir o matrix das grandes profecias do Antigo Testamento sobre Israel.
    26:3-13; 28:1-14 As condições de bênção para seguir a obediência
    31:16-21 A apostasia chegando
    28:15-60 A aflição que Deus iria trazer sobre Israel, enquanto ainda na terra, por causa de sua apostasia
    28:32-39, 48-57 Israel será levado cativo
    27, 32 Os inimigos de Israel  possuirão sua terra por um tempo
    28:38-42; 29:23 A terra em si permanecerá desolada
    28:63-67; 32:26 Israel será espalhado entre as nações
    28:62 O tempo virá em que Israel será em pequeno número
    28:44-45 Apesar de punido Israel não será destruído
    28:40-41; 30:1-2 Israel vai se arrepender de sua tribulação
    30:3-10 Israel será recolhido junto das nações e trazido de volta à sua terra dada por Deus
    Nem todos os eventos  acima resumidos  certamente tiveram lugar durante, ou antes, da destruição de Jerusalém em 70 dC. Parece estar se moldando que, enquanto o incidente do ano 70 dC  foi de fato um evento profetizado, os itens remanescentes no roteiro profético de Israel ainda não foram cumpridos.
    O que é triste com a interpretação preterista é que ele reconhece as maldições sobre Israel, mas não as bênçãos futuras que Deus também prometeu. O Preterismo diz que Israel recebe as maldições, mas a igreja recebe bênçãos de Israel. Não é isso que diz a Bíblia; para que as bênçãos sobre Israel literalmente ocorram, assim como as maldições do passado, só faz sentido se as localizamos num tempo futuro.
    Dentre todas as profecias anunciadas, ainda temos as que afirmam que o estado de Israel/ Jerusalém será reerguido reinando entre as nações,
    Isaías 2
    E acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor no cume dos montes, e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações.
    E irão muitos povos, e dirão: Vinde, subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor.
    E ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerrear.
    Zacarias 14:17    E acontecerá que, se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva.
    Apoc 20:9 E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou.
    Os textos citados acima fazem referencia a Jerusalém, o que não está de acordo com a visão preterista que afirma ter sido a cidade santa, a qual denomina de a grande Babilônia, destruída para sempre em Apocalipse 18,
    21 E um forte anjo levantou uma pedra como uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada Babilônia, aquela grande cidade, e não será jamais achada.
    22 E em ti não se ouvirá mais a voz de harpistas, e de músicos, e de flautistas, e de trombeteiros, e nenhum artífice de arte alguma se achará mais em ti; e ruído de mó em ti não se ouvirá mais;
    23 E luz de candeia não mais luzirá em ti, e voz de esposo e de esposa não mais em ti se ouvirá
    Apoc 18:14 E o fruto do desejo da tua alma foi-se de ti; e todas as coisas gostosas e excelentes se foram de ti, e não mais as acharás.
    O fim vem… Quem viver verá!