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quarta-feira, 7 de outubro de 2015


Cientistas abrem sarcófago do Egito; veja como estava a múmia
 

Até a tampa de o sarcófago ser retirada -- expondo os restos mumificados de 2.500 anos de um menino egípcio de 14 anos de idade -- o responsável geral do Field Museum, em Chicago, JP Brown não conseguia relaxar.
Brown e outros três cientistas usaram braçadeiras especialmente criadas como um berço para levantar a tampa do caixão frágil. Usando luvas cirúrgicas azuis, eles levantaram o sarcófago e colocaram delicadamente os restos mumificados em uma mesa de um laboratório com a umidade controlada.
O procedimento, realizado na última sexta-feira (5) e planejado há muito tempo pelo museu, revelou a máscara mortuária e os dedos dos pés de Minirdis, filho de um sacerdote. Ao conseguir estabilizar a múmia, os cientistas do museu permitirão que ela possa viajar na próxima exposição.
O Field Museum recebeu essa múmia em 1920 do Chicago Historical Society. Atualmente, ela faz parte da coleção do museu, que conta com 30 múmias humanas completas do Egito.
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Cientistas abrem sarcófago de múmia do Egito10 fotos

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O procedimento revelou a máscara mortuária e os dedos dos pés de Minirdis, filho de um sacerdote. Ao conseguir estabilizar a múmia, os preservacionistas do museu permitirão que ela possa viajar na próxima exposição Charles Rex Arbogast/AP
"Sempre há um risco de dano", explica Brown, que trabalha em um laboratório cheio de mesas cobertas de plástico por trás de uma grande janela que permite que crianças assistam seu trabalho.
Mesmo antes de abrir o caixão, os cientistas já sabiam o que esperar ao abrir o sarcófago, graças à tomografia computadorizada, que mostrou imagens de raios-X de dentro do caixão. Segundo os pesquisadores, foi possível ver o pé desenfaixado e a máscara rasgada. A múmia passará por um procedimento de reparo.
Como alguns pedaços do caixão já haviam desaparecido, a múmia tinha sido exposta a elementos externos. Por essa razão, Brown não estava preocupado que a múmia se desintegrasse em poeira quando o sarcófago fosse aberto -- como muitas vezes aparece nos filmes.
Caminhando ao redor do caixão aberto, Brown apontou e explicou o significado de uma marcação, uma resina colorida especial em panos de linho e dourado sobre a máscara. Se Minirdis tivesse vivido por mais tempo, ele teria sido um sacerdote como seu pai, afirma Brown.
Os cientistas não sabem por que Minirdis morreu tão jovem. (Com Associated Press)
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5.out.2015 - Uma antiga estátua Moai observa a noite estrelada. "As estátuas andaram!", diziam os moradores da Ilha de Páscoa. Arqueólogos ainda tentam entender como --e se a fábula era uma advertência de desastre ambiental ou celebração da perspicácia humana
Egito anuncia nova descoberta arqueológica na tumba de Tutancâmon
 
Khaled Desouki/AFP
Tumba de Tutancâmon, no vale dos Reis, em Luxor (Egito), que está sendo investigada
Tumba de Tutancâmon, no vale dos Reis, em Luxor (Egito), que está sendo investigada
O ministro egípcio de Antiguidades, Mamduh al Damati, apontou nesta terça-feira (29) a possibilidade de um novo descobrimento arqueológico na tumba do faraó Tutancâmon, que inspecionou nestes dias com o analista britânico Nicolas Reeves.

Esta inspeção preliminar na cripta do chamado "faraó menino" é o primeiro passo para comprovar a veracidade da teoria de Reeves, que em agosto revelou que nessa câmara funerária poderia estar também o sepulcro da rainha Nefertiti.

Segundo um comunicado do Ministério de Antiguidades, Al Damati adiantou que este estudo do mausoléu de Tutancâmon, no vale dos Reis, na cidade de Luxor, será seguido por outras medidas como o uso de um radar japonês no final de novembro.

O ministro pensa, no entanto, que o mais provável é que seja a múmia da mãe do faraó, a rainha Kiya, que se encontra no mausoléu de Tutancâmon, e não a de Nefertiti.

Nefertiti foi mulher do faraó Akhenaton, pai de Tutancâmon e que fez parte da 18ª dinastia, sucessão que governou o Egito entre 1539 a.C. e 1075 a .C.,.

Al Damati disse que há inscrições achadas na cidade faraônica de Tel Amarna (província de Minia) que revelam que o faraó Akhenaton e sua mulher transferiram sua residência da antiga capital Tebas (atual Luxor) a Tel Amarna.

Por sua vez, Reeves disse ontem ter evidências e bases científicas que confirmam sua teoria de que o sepulcro de Nefertiti está dentro do mausoléu de Tutancâmon.

Esta tumba ficará fechada às visitas turísticas a partir de 1º de outubro para ser submetida a trabalhos de restauração.

Tutancâmon morreu jovem, após um breve reinado entre 1332 a.C. e 1323 a.C. aproximadamente, mas foi o descobrimento de seus tesouros intactos o que fez com que começasse uma febre pela egiptologia.
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Veja tesouros arqueológicos e paleontológicos200 fotos

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5.out.2015 - Uma antiga estátua Moai observa a noite estrelada. "As estátuas andaram!", diziam os moradores da Ilha de Páscoa. Arqueólogos ainda tentam entender como --e se a fábula era uma advertência
 
de desastre ambiental ou celebração da perspicácia humana
 
Arqueólogos definem época em que os primeiros faraós surgiram no
 
 Egito
 
Pela primeira vez, cientistas e arqueólogos ingleses conseguiram estabelecer uma robusta cronologia dos primeiros soberanos egípcios, apontando o momento crucial na História em que o Egito emergiu como um Estado único. A descoberta foi publicada nesta quarta-feira (4) no periódico da Sociedade Real Britânica de Física e Matemática, a Proceedings A. Especialistas discutem há décadas quando o Alto e o Baixo Egito se unificaram sob uma única liderança, surgindo como uma civilização estável e duradoura. Estimativas anteriores se baseavam, principalmente, na evolução dos estilos das cerâmicas encontradas em sítios funerários humanos. Por isso, elas apontavam que poderia ter ocorrido entre 4500 a.C e 2800 a.C., sem definir um período.
Mas uma equipe liderada por Michael Dee, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, ampliou os métodos usados para estimar as datas mais precisas e e descobriu que a unificação aconteceu muito mais rápido.
"As origens do Egito começaram um milênio antes da construção das pirâmides, e é por isso que nosso entendimento de como e por que este Estado poderoso se desenvolveu se baseava unicamente em evidências arqueológicas", explicou.
"Este novo estudo fornece nova datação por radiocarbono que restaura a cronologia dos primeiros soberanos dinásticos e sugere que o Egito se formou muito mais rapidamente do que se pensava anteriormente."
Eles construíram um modelo matemático que combinou novas medições de radiocarbono em mais de cem amostras de cabelo, ossos e plantas - escavadas nas tumbas dos primeiros faraós que estavam em coleções de museus - a outras evidências arqueológicas já estabelecidas.
O modelo matemático identificou que a ascensão do rei Aha, o primeiro dos oito soberanos dinásticos do Egito Antigo, ocorreu entre 3111 a.C. e 3045 a.C., e que cada reinado durou aproximadamente 32 anos - as duas estimativas tem 68% de probabilidade, ressalta o artigo.
 
Os primeiros faraós comandaram um território que se espalhou por uma área parecida ao Egito atual, com fronteiras com Aswan ao Sul, o Mar Mediterrâneo ao Norte e a atual Faixa de Gaza a Leste. Depois de Aha, o Egito foi governado por Djer, Djet, Merneith, Den, Anedjib, Semerkhet e Qa'a, respectivamente.
 
Os especialistas também indicam que o período pré-dinástico, momento em que as pessoas começaram a se assentar permanentemente às margens do rio Nilo e desenvolveram a agricultura, foi menor: ela ocorreu entre 3800 a.C. e 3700 a.C., e não em 4000 a.C. como pensavam até então. Isso significa, também, que o período neolítico que o precedeu durou mais tempo e terminou mais tarde
 
Egito revela porto com os 40 papiros mais antigos já encontrados
 
Uma equipe de arqueólogos descobriu no Egito um porto histórico no litoral do Mar Vermelho com os papiros mais antigos já encontrados até hoje, informou nesta quinta-feira (10) o Ministério de Estado para as Antiguidades em comunicado. O porto, que remonta à época do faraó Quéops, o segundo rei da 4ª dinastia que reinou há mais de 4.500 anos, fica na zona de Wadi al Gurf, a 180 quilômetros ao sul da cidade de Suez, no leste do Egito.
Nele, estão 40 papiros com hieróglifos que documentam a vida cotidiana dos egípcios, alguns datados do ano 27 do reinado de Quéops.
O ministro egípcio para as Antiguidades, Mohammed Ibrahim, explicou que esses textos incluem registros mensais com o número de trabalhadores no porto e oferecem detalhes sobre suas vidas. Os documentos foram levados ao Museu de Suez para que sejam estudados.
O arqueólogo francês Pierre Tallet, diretor da equipe francesa que ajudou nas escavações, acrescentou que nos papiros se reflete o estilo de vida dos cidadãos na antiguidade, seus direitos e suas obrigações.
O porto, aonde chegavam embarcações com bronze e metais procedentes da Península do Sinai, tem um píer onde foram descobertas várias âncoras de pedra.
Além disso, há restos de quartos nas quais se alojavam os trabalhadores do porto e 30 cavernas escavadas na rocha, junto a blocos de pedra empregados para fechá-las com o nome de Quéops escrito em tinta vermelha.
Também foram encontradas cordas de embarcações e ferramentas usadas para cortá-las.

 
 

 

 

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